O TCE (Tribunal de Contas do Estado) revelou que a vacinação de crianças em Santa Catarina está em uma verdadeira “queda catastrófica”. Segundo um estudo feito pelo TCE, todos os 10 tipos de imunizantes voltados para a vacinação infantil estão abaixo da meta estabelecida no Programa Nacional de Imunização.
Os dados são confirmados pela SES (Secretaria de Estado da Saúde), que diz atuar com campanhas para estimular a imunização (veja a nota ao fim da reportagem).

As vacinas voltadas para proteção infantil são: BCG, rotavírus, pneumocócica-10, meningocócica C, pentavalente, tríplice viral, tetraviral, febre amarela, poliomielite e hepatite A.
Segundo o TCE, o levantamento feito pela Diretoria de Atividades Especiais será enviado a todos os 295 municípios do Estado e à Secretaria de Estado da Saúde para que tomem medidas efetivas que resultem no atendimento dos percentuais estabelecidos.
O TCE participará ainda de uma fiscalização durante este semestre para analisar e buscar as causas da baixa adesão de cobertura trazidas no levantamento.
Confira a queda completa: 4x4f3u

Baixa adesão 446t4f
A vacinação contra a gripe ou influenza é um exemplo da baixa adesão em Santa Catarina. De acordo com o estudo, dentro dos grupos considerados prioritários, a aplicação do imunizante foi pequena e vem decrescendo nos últimos anos.
No público infantil, apenas 39,37% tomaram a vacina até esta segunda-feira (17). No ano ado, o percentual foi de 61,2% e, em 2021, 76%.
Entre as gestantes, 51,19% foram imunizadas em 2023, 48% em 2022 e 77,1% em 2021. Já o índice de vacinação dos idosos neste ano foi de 53,32%, registrando queda em relação aos 65,6% do ano ado e os 67,3% de 2021. A meta para todos eles era 90%.
O que diz a Secretaria de Saúde 2g172n
A Secretaria de Saúde de Santa Catarina informa que os dados apresentados pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina no estudo sobre as coberturas vacinais foram obtidos junto à Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) e refletem a realidade atual de estado, que tem apresentado, ao longo dos anos, queda nas coberturas vacinais de forma geral.
A SES vê com preocupação essa baixa procura pelas vacinas e tem incentivado, através de campanhas publicitárias, divulgação de material informativo, entrevistas em veículos de comunicação, a vacinação em todas as faixas etárias. Além disso, tem atuado em parceria com os municípios reando orientações para que sejam definidas estratégias, de acordo com a realidade de cada cidade, para que a população não vacinada seja resgatada.
O estado recomenda ações como: emissão da declaração de situação vacinal para apresentação no ato da matrícula escolar; descentralização da vacinação, com oferta de vacinas em escolas, praças, shoppings, terminais de ônibus, ou seja, locais com grande circulação; ampliação do horário de oferta de doses; aproveitamento da ida da pessoa até a unidade de saúde para consultas ou outros procedimentos para oferecer a dose; não obrigatoriedade de apresentação de comprovante de residência para a vacinação.
Ainda, em agosto de 2023, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde (MS) ministram para a equipe técnica de Santa Catarina uma oficina de Formação de profissionais em microplanejamento (MP) das atividades de vacinação de alta qualidade (AVAQ), que são ações de vacinação que promovem de forma sustentável, homogênea e eficaz o processo de erradicação, eliminação e controle das doenças imunopreveníveis.
O objetivo do microplanejamento é entender o que cada município precisa para elevar as coberturas vacinais, quais suas fragilidades e trabalhar para revertê-las.
Para outubro está prevista a Campanha de Multivacinação para atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes até 14 anos de idade. Nesta Campanha as ações de microplanejamento já serão aplicadas em todos os 295 municípios catarinenses, a fim de obter êxito na elevação das coberturas vacinais.