Febre oropouche: mudança climática pode aumentar casos da doença? 2b353v

Em Santa Catarina, o número de casos confirmados da febre oropouche ou de 70; com sintomas parecidos com a dengue, a doença é transmitida pelo mosquito conhecido como maruim 5w581d

Santa Catarina registrou um aumento significativo de casos confirmados da febre do oropouche.  A doença é transmitida pelo mosquito conhecido como maruim e tem sintomas semelhantes ao da dengue.

Mão coberta por maruins, mosquitos que pode transmitir a febre oropoucheFebre oropouche: mudança climática pode aumentar casos de doença? – Foto: PMSJ/Reprodução/ND

Segundo o último boletim divulgado pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), 78 casos da doença já foram confirmados no Estado. O município com maior incidência da febre é Luiz Alves (35), seguido de Botuverá (16) e Brusque (6).

Identificada no Brasil na década de 1960, a doença já é considerada um surto na região do Amazonas este ano. De acordo com o R7, que consultou um especialista no assunto, o aumento da transmissão pode estar relacionado às mudanças climáticas.

Mudança no clima e o aumento da febre oropouche 2d4o4v

De acordo com o infectologista e professor do curso de medicina da faculdade de Ciências Médicas, Luiz Wellington Pinto, desequilíbrio na natureza, mudanças climáticas e desmatamento podem ser a causa do aumento da transmissão da febre oropouche.

“Essas alterações estão fazendo com que algumas doenças que já existiam apareçam com mais frequência”, explicou.

Um estudo publicado pelo Laboratório de Parasitologia do Butantã em 2017, na revista Plos Neglected Tropical Diseases, já indicava as alterações climáticas como fator de aumento de distribuição da febreoropouche e outras doenças como a Mayaro (MAYV), Rocio (ROCV) e o vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV). Todas elas são ligadas a vírus transmitidos por mosquitos.

“Os primeiros relatos dessa febre foram na época de 1960, quando começaram a construir a rodovia Belém, em Brasília. Hoje, tem vários casos em outros locais do Brasil e em outros países, como Venezuela, Colômbia e Peru”, pontuou Luiz.

Mosquito maruim pousado sobre a pele de uma pessoaEm Santa Catarina, o número de casos confirmados da febre oropouche ou de 70 – Foto: Reprodução/Labclasspardini/ND

Como identificar os sintomas da febre oropouche 215se

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre oropouche se assemelha aos sintomas de outras doenças, como a dengue, por exemplo. Ambas as doenças podem apresentar sintomas semelhantes, como febre, dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça e fadiga.

No entanto, existem diferenças específicas nos sintomas e no curso da doença, e o diagnóstico diferencial é feito com base em testes específicos para cada vírus.

Tratamento 341h4i

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus. Não existe tratamento específico, mas o paciente deve permanecer em repouso e ter acompanhamento médico.

Podem ser prescritos analgésicos e antitérmicos comuns para aliviar os sintomas, que são muito parecidos com os da dengue.

Transmissão da doença 5x3t2z

A transmissão da doença não ocorre pela picada do Aedes aegypti (o da dengue) e sim de outros mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim.

Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Se uma pessoa saudável receber a picada no mosquito infectado, ela pode contrair o vírus.

Picada de mosquito pode causar a doença - Jaqueline Fischer/Reprodução ND
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Picada de mosquito pode causar a doença - Jaqueline Fischer/Reprodução ND
População do Vale do Itajaí vive em meio à infestação do maruim - Jaqueline Fischer/Reprodução ND
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População do Vale do Itajaí vive em meio à infestação do maruim - Jaqueline Fischer/Reprodução ND
Alergia causada pelas picadas dos mosquitos - Jaqueline Fischer/Reprodução ND
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Alergia causada pelas picadas dos mosquitos - Jaqueline Fischer/Reprodução ND

Eles se proliferam principalmente durante períodos de calor em ambientes úmidos, como em áreas próximas a mangues, lagos, brejos e rios.

Mas não são s a áreas rurais, estando presente em espaços urbanos com disponibilidade de água e matéria orgânica, sobretudo próximo a hortas, jardins e árvores.

Além disso, o Culex quinquefasciatus, uma das espécies popularmente chamada de pernilongo, também pode atuar como vetor.

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