Você já se deu conta da importância da saúde dos pés e como eles podem interferir no seu corpo e na sua qualidade de vida? Os pés são a base de tudo, então, se eles não estão saudáveis, todo o resto pode também não estar. Eles precisam estar confortáveis em todos os calçados que você usa, seja para o trabalho, eio ou exercícios físicos.
Além disso, os calçados precisam ser escolhidos segundo a necessidade do seu corpo, levando em consideração a saúde de sua coluna. Isso inclui fatores como a presença de joanetes, esporão e até doenças como a diabetes.

Formação dos pés 2t5c2l
O médico ortopedista e professor de ortopedia do curso de medicina da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Ari Digiácomo Ocampo Moré explica que os pés são formados por 52 ossos e, consequentemente, por várias articulações.
Assim, em caso de dor, é preciso realizar uma avaliação e, às vezes, solicitar exames complementares de imagem para se ter o diagnóstico correto. Ele recomenda a busca de especialistas como ortopedistas e dermatologistas que tratam dos pés.

Segundo Moré, “andar descalço sobrecarrega os pés”, assim, ele indica que é “preciso um apoio adequado” para não sobrecarregar as articulações. Ele cita a palmilha ortopédica que serve para “equilibrar o apoio” e distribuir o peso nos pés de maneira mais uniforme.
Cuidados 2h431j
Um dos cuidados importantes para a saúde dos pés é ter atenção para não pegar fungos, usando algum calçado para proteger os pés. O professor explica que “a dor é um ponto importante para saber o que está sendo feito de errado”.

O médico recomenda que o ideal é comprar calçados mais no final de tarde, e não pela manhã. “No provar o calçado, tem que observar se o tamanho e formato é adequado, pois o pé pode aumentar de tamanho ao inchar durante o dia”, orienta.
Tratamentos e indicações 5an5u
Além de exames físicos e complementares para o diagnóstico, o médico orienta algumas possibilidades de tratamento não cirúrgico, como a fisioterapia. Alternativas são fazer o uso de gelo, que alivia as dores, e utilizar hidratantes, após o banho, para não ressecar a pele.
Ainda segundo o professor, as consequências de não tratar as dores, podem trazer deformidades nos pés e calosidades. “A dor vai se tornando crônica, dificultando o tratamento, podendo aparecer algumas patologias no pé”, como a fascite plantar.
“A fascite plantar, vulgarmente conhecida como esporão de calcâneo, as calosidades e outras patologias dos músculos e da fáscia (dor miofascial), como também dores de origem músculo-esqueléticas, podem aparecer, devendo ser tratadas adequadamente”, finaliza.
Dores, lesões no pé e a busca por ajuda 4f41y
O fisioterapeuta Fábio Sprada de Menezes explica que os pés podem apresentar dois tipos de lesões: traumáticas ou crônicas. As lesões traumáticas podem ser entorse de tornozelo, traumas e fraturas.
Já as lesões crônicas são decorrentes do “uso repetitivo, de má postura, uso de calçados inadequados e má formação da arquitetura do pé, como o hálux valgo, antigo joanete, a fascite plantar e tendinite calcânea”. No meu caso, foi diagnosticada uma lesão por esforço repetitivo.
Há pouco mais de dois meses, eu, Bruno Benetti, repórter do ND+ de Florianópolis, comecei a sentir fortes dores no pé cada vez que levantava da cama. adas três semanas com a dor no mesmo local, fui ao médico fazer exames de imagem e buscar um diagnóstico.
Pela minha forma errada de andar por 34 anos, em decorrência da paralisia cerebral que tive quando criança, foram detectadas lesões nas articulações do pé, próximas ao calcanhar direito por esforço repetitivo.
Fiz tratamento com gelo e pomada para alívio da dor. O médico ortopedista me prescreveu fisioterapia e também uma palmilha ortopédica específica para correção da pisada. Hoje, após uma adaptação na maneira de andar, utilizo a palmilha nos dois pés para correção e minhas dores melhoraram em 90%.
Risco de piorar a lesão 1u4du
Segundo Menezes, quando se está lesionado, é importante buscar ajuda do médico ortopedista especialista em pés ou do fisioterapeuta. “Todas as vezes que você tem uma lesão dessa no pé e executa esforço em cima, corre o risco de piorar a lesão”.
De acordo com ele, se a lesão não for tratada a longo prazo, há risco de “desenvolver dores degenerativas e crônicas na região, que acabam influenciando no estado emocional e social da pessoa, que pode se sentir mais desanimada para sair e gerar quadros depressivos associados à dor o pé”.
“É sempre interessante que se faça o tratamento correto tanto para a questão de não desenvolver alterações degenerativas mais severas no pé quanto para não desenvolver as alterações sócio-emocionais”.