Uma marca de laticínios de Minas Gerais é alvo de uma operação após ser acusada de fabricar e vender manteiga adulterada. Segundo as investigações, a Real da Fazenda usava gordura vegetal no lugar de creme de leite.

Na manhã desta quinta-feira (20), a ação denominada “Alcanos”, que reuniu Polícia Federal, Ministério Público Federal e Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), cumpre dois mandados de prisão temporária contra os dois sócios da marca e sete de busca e apreensão em Pouso Alto e Itamonte, cidades de Minas, e em Taboão da Serra e Itapecerica da Serra, em São Paulo.
Segundo as investigações, os donos da empresa ameaçaram um fiscal do Mapa para fraudar o registro. Os envolvidos foram detidos e podem responder pelos crimes de corrupção, adulteração de substância ou produtos alimentícios, invólucro ou recipiente com falsa indicação e falsificação de selo ou sinal público, além de ameaça no curso do processo.
Caso condenados, eles podem cumprir até 24 anos de prisão e pagar uma multa. A investigação apurou ainda que a empresa comprou, nos primeiros seis meses de 2022, 9.625 caixas de gordura vegetal, um gasto de R$ 2.394.800.
Conforme o portal R7, a venda com o produto adulterado resultou em um ganho de mais de R$ 12 milhões, entre 2021 e julho de 2022. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens no valor dessa quantia milionária.
A reportagem do R7 tenta contato com a Real da Fazenda, que tem nome social Laticínio Nata Real, para que a empresa se pronuncie sobre as acusações.