O Ministério da Saúde declarou nesta sexta-feira (20), por meio de uma portaria, emergência em saúde pública de importância nacional na Terra Indígena Yanomami, localizada em Roraima. A medida ocorre em razão dos graves casos de desnutrição e de malária que atingem a comunidade que vive na região.

Com a declaração de emergência, o governo cria o COE (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública), que será coordenado pela Sesai (Secretaria de Saúde Indígena).
A portaria foi publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial), o poder público fica autorizado a deslocar recursos humanos e insumos para atuar no caso.
Dados da Unicef apontam que oito em casa dez crianças indígenas com menos de 5 anos na Terra Yanomami sofrem de desnutrição. O garimpo ilegal e a ausência de medicamentos e políticas de saúde agravam a situação da comunidade de 30 mil habitantes, localizada no meio da Floresta Amazônica.
Dados divulgados pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário) apontam que, em 2020, foram registradas as mortes de mais de 700 crianças em terras indígenas pelo país, a maioria por doenças e desnutrição.
O presidente Lula anunciou em suas redes sociais que visita a região neste sábado (21), para verificar as condições da população. Um plano de ação deve ser apresentado em 45 dias, e o grupo criado para articular a atuação no caso em nível nacional deve funcionar por 90 dias, podendo ser prorrogado.
Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomami em Roraima. Amanhã viajarei ao Estado para oferecer o e do governo federal e, junto com nossos ministros, atuaremos pela garantia da vida de crianças Yanomami.
— Lula (@LulaOficial) January 20, 2023