Uma australiana, na época com 27 anos, descobriu uma condição comum mas que a deixou muito assustada. Segundo ela, a mesma chegou a achar que estava com “a vagina quebrada”.
“Eu tinha 27 anos quando finalmente contei a um médico pela primeira vez. ‘Minha vagina não permite penetração’, contou ao médico.
Leia maisMulher conta sua experiência com condição comum em diversas mulheres – Foto: Reprodução/X-@ElenaFilipczyk/ND
E continua:
“Não consigo nem inserir um absorvente interno. Parece que estou batendo em uma parede, e a dor é inável – um abrasamento ofuscante, como se eu estivesse sendo rasgada”, desabafa.
Vagina quebrada 6i3td
Elena Filipczyk diz que quando compartilhou sua experiência, a médica suspeitou que ela sofresse de vaginismo, uma condição que envolve espasmos involuntários dos músculos do assoalho pélvico, resultando em dificuldade ou dor durante a penetração vaginal.
Angela James, uma fisioterapeuta especializada em saúde pélvica, contou ao jornal Australi’s que o assoalho pélvico desempenha um papel protetor crucial no corpo.
No caso do vaginismo, o corpo pode ter desenvolvido um medo ou antecipação de dor em relação à penetração, possivelmente devido a experiências negativas com sexo, exercícios específicos, ou traumas ados, como exames médicos desconfortáveis.
Embora a prevalência exata do vaginismo não seja conhecida, James observa que cerca de uma em cada cinco mulheres pode relatar dor pélvica em algum momento de suas vidas.

Elena revelou que recebeu um diagnóstico não apenas de vaginismo, mas também de outras duas condições relacionadas à dor pélvica: vaginismo, que envolve dor externa na região pélvica, e estenose vaginal congênita, um estreitamento incomum do canal vaginal.
Para Elena, receber um diagnóstico foi ao mesmo tempo um alívio e uma fonte de raiva.
Ela expressou frustração com a falta de informação sobre esses problemas durante sua educação sexual, o que a deixou sentindo que sua condição era algo “quebrado” e isolado.
Mesmo após o diagnóstico, ela enfrentou dificuldades em compartilhar sua experiência, devido à vergonha e à sensação de estar sozinha em seu círculo social, onde muitos amigos desfrutavam de relacionamentos íntimos ou tinham experiências positivas com sua saúde sexual.
Os problemas do vaginismo 101l5s
De acordo com a revista científica Chilean obstetrics and gynecology, dependendo da intensidade da contração, o vaginismo pode ser classificado como leve, quando a penetração é até possível, porém de maneira dolorosa e difícil; moderado, quando o nível de intensidade da contração permite uma penetração parcial e de grave intensidade, quando a penetração vaginal é totalmente impedida.
Sintomas 9575y
– Contração involuntária da musculatura da pelve na relação sexual (sensação de que tem uma “parede” dentro da vagina);
– Dor/desconforto durante a relação sexual;
– Dificuldade de manipulação na região íntima durante a aplicação de pomadas e absorvente interno, por exemplo;
– Baixa autoestima e ansiedade.
Tratamento 341h4i
De acordo com o site da Clínica da Mulher de Rio Preto, o tratamento, conforme relatado por profissionais, é um processo gradual que requer tanto apoio psicoterapêutico para abordar possíveis traumas emocionais quanto a orientação de um ginecologista para cuidar da saúde íntima da mulher.
Embora não exista uma solução cirúrgica direta para o vaginismo, os médicos utilizam uma variedade de técnicas.
Entre elas, está a introdução de um cotonete lubrificado, que auxilia na percepção da distensão da vulva e da vagina, além de exercícios respiratórios para promover o relaxamento e a conscientização da elasticidade vaginal.
Essas abordagens visam ajudar as mulheres a se sentirem mais confiantes e seguras em relação à penetração.
É importante ressaltar que não há motivo para constrangimento ao procurar ajuda médica para o vaginismo. Independente do diagnóstico, todas as mulheres devem ser encorajadas a buscar tratamento sem culpa ou vergonha em relação às dores durante a atividade sexual.