‘Uma chance de viver’, conta paciente que ganhou novo coração em 14 dias em SC 183y19

Ediéle Vieira Cardoso mora em Indaial, no Vale do Itajaí, e ou por um transplante de coração recentemente 1r3b5s

A espera por um novo coração durou 14 dias para uma moradora de Indaial, no Vale do Itajaí. Ediéle Vieira Cardoso, de 30 anos, foi diagnosticada em 2012 com uma insuficiência cardíaca grave, mesma doença que levou à internação de Faustão.

Ediéle Vieira Cardoso mora em Blumenau, no Vale do Itajaí, e ou por um transplante de coração recentemente Ediéle Vieira Cardoso mora em Blumenau, no Vale do Itajaí, e ou por um transplante de coração recentemente – Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução/ND

O cirurgião cardíaco de Ediéle, o Dr. Frederico J. Di Giovanni, explicou que a paciente foi encaminhada pela primeira vez para avaliação com o objetivo de confirmar ou não a necessidade de um transplante cardíaco há cerca de 10 anos.

“Naquela época diagnosticamos uma doença chamada miocardiopatia dilatada idiopática – condição em que o coração vai perdendo a força de bombeamento progressivamente e consequentemente vai aumentando de tamanho desproporcionalmente ao tamanho normal”.

A paciente ou por um tratamento clínico e apesar da gravidade e limitação física, conseguiu manter uma vida estável. “Após alguns anos implantamos um cardiodesfibrilador implantável no lado esquerdo do peito para evitar a morte súbita. Ela continuou a sua vida, inclusive desafiando todas as probabilidades de complicações, teve uma gravidez, o que fez toda a nossa equipe médica de transplante de coração ficar em nível de alerta preocupante. Mas ela queria um filho e todos trabalharam para que este desejo de maternidade fosse até o fim. E foi com sucesso”, contou o médico.

A decisão de transplantar foi tomada recentemente, no mês de junho. O cirurgião cardíaco pontuou que com a piora importante do quadro clínico e sem resposta a todas as medicações possíveis, foi iniciado o procedimento para colocar Ediéle na fila de espera.

A entrada na lista de espera da Central Estadual de Transplantes foi formalizada no dia 11 de agosto de 2023.

“No começo achei que estava tranquila, que poderia continuar mais um pouco do jeito que estava, já que conseguia fazer minhas atividades. Mas nós últimos meses eu mesmo decidi que não dava mais pra esperar. Não conseguia fazer as coisas básicas da rotina. Fui prepara na certeza de que meu coração chegaria logo e não demoraria”, disse a paciente.

Um novo coração batendo no peito 404r5j

E não demorou. No dia 25 de agosto, um novo coração já batia no peito de Ediéle. A cirurgia de transplante foi realizada no Hospital Santa Isabel de Blumenau, instituição que é referência nacional em transplantes de órgãos.

Desde 1980 até agosto de 2023, a unidade hospitalar já realizou 2195 transplantes de rim, 191 córneas, 75 corações, 1713 fígados e 144 pâncreas e pâncreas-rim conjugado.

Transplante de coração foi realizado no Hospital Santa Isabel em agostoHospital Santa Isabel, em Blumenau – Foto: HSI/Divulgação/ND

Em fase de reabilitação, após uma convulsão causada pelo medicamento utilizado contra a rejeição do coração, ocorrida no dia 11 de setembro, Ediéle está progredindo e deve receber alta nesta semana.

“A equipe é incrível. Não tem o que reclamar, tanto dos médicos como enfermeiros. Santa Catarina está de parabéns com o Hospital Santa Isabel”, comemorou a paciente.

Como acontece a doação de órgãos? 3o4d2h

Setembro é o mês de incentivo à doação de órgãos e somente no Hospital Santa Isabel, são mais de 4300 procedimentos realizados graças à solidariedade das famílias que aceitaram a doação de órgãos.

A doação pode acontecer de duas formas. Mediante autorização familiar de um paciente que teve a morte encefálica diagnosticada ou a doação entre pacientes vivos.

Neste segundo caso, o procedimento só é permitido com parentesco até quarto grau ou cônjuge do receptor. Nos casos de não parentesco, apenas com uma autorização judicial.

Uma oportunidade de salvar vidas, a doação de órgãos pode beneficiar muitas pessoas, dando aos pacientes da fila de espera uma nova chance. E é justamente desta forma que Ediéle enxerga e agradece pela nova oportunidade.

“Enxergo como salvar vidas, um novo nascimento. Uma nova chance de viver como não conseguia antes. Deus nos dá oportunidade. Eu só tenho a agradecer a família que doou pra salvar alguém que nem conhece”.

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