Pectus Excavatum: entenda condição rara que faz jovem em SC sofrer com ‘peito de sapateiro’

Tainá Lubschinski, de 25 anos, é gaúcha mas vive em Florianópolis e recebeu diagnóstico há cerca de três semanas; jovem sofre com desmaios e convulsões por conta da condição

Uma condição rara chamada pectus excavatum – também conhecida como ‘peito de sapateiro’ – fez com que uma jovem em Santa Catarina criasse uma campanha virtual para arrecadar dinheiro para uma cirurgia de urgência.

Tainá Larissa Lubschinski - Foto mostra jovem menina branca de olhos azuis segurando uma das mãos na testa. Ela tem cabelos longos e pretos e usa uma blusa preta também. Foto é usada para ilustrar matéria sobre paciente com pectus excavatum em SCTainá Larissa Lubschinski tem 25 anos, é biomédica e foi diagnosticada com condição rara há cerca de três semanas – Foto: Instagram @taillub/Reprodução/ND

Tainá Lubschinski, de 25 anos, é natural de Horizontina, no Rio Grande do Sul, mas vive em Florianópolis. Mesmo sofrendo com as consequências há mais de 10 anos, o diagnóstico de pectus excavatum surgiu há cerca de três semanas.

A jovem compartilhou o relato em um perfil na internet pedindo apoio para custear o procedimento que custa R$ 100 mil.

Tainá afirma que a pressão dos ossos sobre os órgãos causada pela condição faz com que ela tenha desmaios e convulsões com frequência.

Pectus excavatum: entenda condição conhecida como ‘peito de sapateiro’

Também chamado de peito de sapateiro ou ‘tórax escavado’, o pectus excavatum é uma condição caracterizada pelo afundamento do esterno – osso localizado no tórax – e também das cartilagens costais.

Nem todas as pessoas costumam apresentar sintomas. Em casos graves, é possível que o paciente tenha:

  • Taquicardia;
  • Infecções respiratórias de repetição;
  • Tosse;
  • Palpitações;
  • Fadiga;
  • Falta de ar.
Foto mostra peito de jovem branco com a parte central afundada, por pectus excavatumPectus excavatum forma depressão na região do peito e pode causar dores e dificuldades respiratórias em pacientes – Foto: Hospital Israelita Albert Einstein/Reprodução/ND

“Na maioria dos casos a condição não afeta a saúde, é uma questão estética apenas. No meu caso ele não é estético, mas é grave ao ponto de pressionar meu coração e pulmões”, explica Lubschinski.

Ao ND Mais, Tainá contou que a data do procedimento está marcada para o dia 22 deste mês, mas que o valor da cirurgia para a correção do pectus excavatum ainda está longe do necessário.

O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece alguns procedimentos para o tratamento da condição, mas o caso da jovem de 25 anos exige um item específico que não é incluso na cobertura.

  • Em casos mais graves como o de Tainá, os cirurgiões precisam utilizar a chamada técnica de Nuss, que consiste na correção e manutenção do resultado, empurrando o tórax para fora com barras ou placas cirúrgicas. Os itens não são oferecidos pelo SUS.
Foto mostra menina branca de olhos azuis claros sentada no chão. Ela usa jaqueta preta de couro e calça jeans azul clara, tem cabelos pretos e longos e faz expressão séria para a fotosJovem gaúcha mora em Florianópolis e convive com as consequências do pectus há mais de 10 anos – Foto: Instagram @taillub/Reprodução/ND

“Sem as barras não tem como chegar na correção que necessito, o espaço atual é de 35mm e os médicos precisam expandir ao máximo. Procurei advogados para tentar a judicialização pelo SUS, mas não posso esperar muito mais para realizar”, lamenta.

A campanha de Tainá já arrecadou, até o momento, mais de R$ 15 mil. Do diagnóstico até a mobilização virtual, a jovem diz que não teve “tempo de processar tudo”, mas que está feliz com a repercussão.

Menina branca com olhos azuis e cabelos pretos e longos posa com uma mão no queixo. Ela usa jaqueta de couro preta Tainá começou a produzir conteúdo explicando sobre condição rara – Foto: Instagram @taillub/Reprodução/ND

“Foram muitos anos com todo esse sofrimento, todos esses desmaios. Os sintomas vão piorando com o tempo e agora está em uma situação de urgência. A gente não sabe a próxima vez que eu vou ar mal”.

As doações podem ser feitas diretamente através da plataforma Vakinha. Os interessados em ajudar também podem comprar as rifas criadas por voluntários na internet para apoiar no tratamento de Tainá.

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