As mulheres não engravidam sozinhas, mas a responsabilidade de evitar uma gravidez é solitária e quase sempre uma função que a mulher assume para si.
Segundo uma pesquisa feita pela ONU (Organização das Nações Unidas), o índice de mulheres em idade reprodutiva no Brasil que usam algum tipo de contraceptivo chega a 79%, já entre os homens que fazem algo para prevenir uma gravidez indesejada chega a 31%.
O tema é assunto para o episódio desta sexta-feira (21) do podcast aDiversa.

A apresentadora Luciana Barros recebe no episódio a professora e doutoranda em antropologia Bruna Fani, a médica ginecologista Raquel Aguiar e o repórter do ND+ Diogo de Souza.
Segundo a professora Bruna Fani, historicamente o cuidado foi atribuído à mulher e por isso, os homens não buscam orientação para a prevenção da gravidez.
“Antigamente as mulheres não tinham todos os direitos humanos que a gente tem hoje em dia. Então, ser mulher era ser menos gente. Consequentemente, a mulher estava a serviço da relação heteronormativa e a serviço da relação com o homem. O valor da mulher estava, e muitas vezes está, em relação ao marido, ela só teria um valor na presença deles”, explica.
A médica ginecologista explica que os contraceptivos começaram a ser mais estudados na década de 1950, quando aconteceu o ‘boom’ demográfico.
“De lá pra cá muitas coisas mudaram. O conhecimento trouxe para a mulher a decisão de exercer a sexualidade e a decisão de ter ou não filhos”.
Por que não existe uma pílula masculina? 5yu5h
Mesmo após 63 anos da criação de pílulas anticoncepcionais para as mulheres, o medicamento para evitar que os homens tenham filhos ainda não é uma realidade. Para Diogo, o motivo está ligado a participação do homem na paternidade.
“É proporcional ao entendimento e aos estudos que trazem a participação do homem na paternidade. Os estudos defendem que a participação de um pai em meio a geração de uma filho ou a ser levada a série somente depois da década de 80”.
Sobre o aDiversa 5ky66
O podcast Diversa abre espaço para assuntos do dia a dia das mulheres. Os episódios são apresentados por Luciana Barros e vão ao ar todas as sextas-feiras, às 7h, na página da Diversa+.