
A obesidade é uma condição de saúde complexa e multifatorial, apresentando uma combinação de fatores de risco que incluem influências genéticas, comportamentais e socioeconômicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,9 bilhão de adultos estavam com sobrepeso e 650 milhões eram obesos. As crianças também podem ser afetadas, são cerca de 41 milhões abaixo dos cinco anos em sobrepeso ou obesidade. Esses dados mostram a importância de discutir estratégias para uma vida mais saudável.
Consumo excessivo de alimentos calóricos, falta de atividade física, predisposição genética, fatores psicológicos e limitado o a alimentos saudáveis estão entre os principais desencadeadores dessa condição. A advogada de 35 anos, Maria Tereza Olinger Berndt Peters, chegou a pesar mais de 100 kg e foi orientada a procurar a cirurgia bariátrica após identificar um problema ortopédico grave no quadril, que se agravou com a obesidade. “Todos ao meu redor me apoiaram na decisão porque acompanhavam a minha luta contra a obesidade há anos e viam meu sofrimento diário com as dores no quadril”, explica Maria Tereza.
O tratamento para obesidade é abordado de forma personalizada, podendo incluir mudanças no estilo de vida, aconselhamento, medicamentos ou cirurgia bariátrica, dependendo da gravidade do caso. Após a cirurgia, para além da redução de peso, Peters percebeu uma melhora na qualidade de vida: “sono, capacidade respiratória e libido melhores. Dores de cabeça menos frequentes e mais disposição. Absolutamente todos os aspectos da minha vida melhoraram”, comemora a advogada.
O cirurgião bariátrico do Hospital Santa Catarina de Blumenau desde 2000, Felipe Koleski, mostra que a melhor estratégia é a prevenção, como a alimentação saudável, bom tempo de sono e prática de exercícios físicos. “Como a obesidade é influenciada por fatores biológicos e sociais, são necessárias a implantação de políticas públicas para promoção da saúde e implementação de medidas para prevenção do ganho excessivo de peso.”, explica o médico.
Dr. Koleski explica que a obesidade aumenta o risco de outras doenças como hipertensão arterial sistêmica, diabetes tipo 2, acidente vascular cerebral, apneia do sono, gordura no fígado, infertilidade, problemas nas articulações da coluna, quadril e membros inferiores. Além das doenças citadas acima, a obesidade aumenta o risco de câncer no estômago, intestino grosso, pâncreas e mama.

Para a advogada Maria, a bariátrica não deve ser a primeira opção: “existem métodos convencionais que funcionam para muitas pessoas, eu tentei todos eles antes”. Para ela, a cirurgia não muda os hábitos, “quem muda somos nós mesmos”.
Em casos cirúrgicos, a bariátrica só é uma opção viável para os pacientes entre 18 e 65 anos, com o Índice de Massa Corporal (IMC) entre 35 e 39,9, com comorbidades ou IMC maior que 40, com ou sem comorbidades.
“De uma forma mais prática, podemos afirmar que a cirurgia bariátrica proporciona a perda de até 35% a 40% do peso corporal, com manutenção do peso em cerca de 70% das pessoas submetidas ao procedimento.”, explica o cirurgião.
Por se tratar de uma condição de saúde complexa, a individualização do tratamento orientado por profissionais de saúde é fundamental para o controle eficaz. “A minha dica é ler muito sobre o assunto, procurar bons médicos, estar disposta a mudar de estilo de vida para sempre e saber que a bariátrica exige comprometimento igual a qualquer outro método de emagrecimento”, diz a advogada.
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