Superlotação em hospitais preocupa prefeitos do Sul de SC 2o26a

Perto de atingir a lotação máxima, Região Carbonífera deve pedir ajuda do Governo do Estado. Microrregião possui ocupação acima dos 90%, com somente cinco leitos de UTI disponíveis atualmente 72373m

Os prefeitos que comandam as cidades da Região Carbonífera, no Sul de Santa Catarina, estiveram reunidos até o início da noite desta segunda-feira (23). Eles decidiram apelar ao Governo do Estado para reforçar a estrutura hospitalar para enfrentar a Covid-19, que está próxima da superlotação.

A Amrec (Associação dos Municípios da Região Carbonífera) deve enviar um ofício à governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido), nesta terça-feira (24), em virtude da ocupação hospitalar na região. Os dados desta segunda apontam ocupação de 94,5% no Hospital São José, e 100% no Materno Infantil, ambos em Criciúma.

Superlotação em hospitais preocupa prefeitos do Sul de SC. Hospital São José, em Criciúma, possui dez leitos de UTI com equipamentos, mas sem mão de obra suficiente para mantê-los ativos – Foto: Divulgação/Hospital São JoséSuperlotação em hospitais preocupa prefeitos do Sul de SC. Hospital São José, em Criciúma, possui dez leitos de UTI com equipamentos, mas sem mão de obra suficiente para mantê-los ativos – Foto: Divulgação/Hospital São José

Destes dois, somente o primeiro possui pacientes da Covid-19, tendo 25 dos seus 27 leitos para a Covid-19 ocupados. A unidade possui 37 leitos especiais para a Covid-19, mas dez deles estão inoperantes por falta de técnicos de enfermagem.

Os leitos são equipados com respiradores e monitores, e devem ser o principal tema do ofício enviado à governadora. Daniela deve cumprir agenda em Criciúma na quarta-feira (25), e os prefeitos da região planejar articular uma reunião com ela para tratar do combate à pandemia.

Novas restrições estão descartadas 3x1h1o

Apesar da pandemia ser um dos temas levados para a reunião de trabalho da Amrec, não há previsão de que novas medidas restritivas sejam adotadas na região, seguindo tão somente as orientações do Estado.

“Em termos gerais, a região não tomará medidas restritivas, irá seguir as orientações baixadas pelo governo do Estado. A preocupação maior é com os leitos de UTI, já que o maior hospital, o São José, está com 27 leitos de um total de 37 leitos, com dificuldade de abrir os outros 10 leitos, sem mão de obra para isso”, descreve o advogado Giovanni Dagostin Marchi, diretor-executivo da Amrec.

A Região Carbonífera está em risco potencial grave, o segundo maior na escala, segundo o mapeamento estadual, feito na quarta-feira (18).

Praticamente todo o Estado está na mesma situação, com exceção de Laguna, Xanxerê e Alto Uruguai, que estão em risco potencial gravíssimo, o mais crítico da escala.

Na variável “capacidade de atenção”, que mede o atendimento dos hospitais, o índice da região é de 3,0, sendo menor somente nas três regiões citadas acima, que encontram-se em estado gravíssimo.

Além de Criciúma, a região só possui outra cidade que oferta leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas que também encontra-se em situação preocupante.

Içara tem 20 leitos de UTI ativos, sendo oito especiais para a Covid-19, mas somente dois disponíveis, o que deixa a lotação em 90%. Mas, diferente de Criciúma, o município possui somente um hospital, o São Donato.

Se ampliarmos ainda mais, sob a ótica da macrorregião Sul, a ocupação dos leitos de UTI está em 88%. Contudo, em caso de superlotação na microrregião, um paciente de Criciúma precisaria percorrer 41km até Araranguá, cidade mais próxima que oferta leitos de UTI, mas que também possui lotação acima de 90% (28 leitos ocupados de um total de 31).

Casos acumulados da Covid-19 na região da Carbonífera até o domingo (22) – Foto: Divulgação/NDCasos acumulados da Covid-19 na região da Carbonífera até o domingo (22) – Foto: Divulgação/ND

O posicionamento do Governo do Estado é de que é fornecido somente equipamentos, e rees de recursos, ao o que a demanda de recursos humanos, que abarcaria a mão de obra que falta na região, seria do encargo dos hospitais.

Segundo a Secretaria de Saúde, os rees atingiram o teto máximo da Política Hospitalar Catarinense. As informações transparecidas no monitoramento dos rees indicam valores de R$ 171 e R$ 182 mil para o Hospital São Donato, e R$ 4,27 milhões para o Hospital São José, em Criciúma.

Problema abrange praticamente toda SC 3b2q2o

Atualmente o índice de ocupação hospitalar do Estado segue em alta há semanas, dado o crescimento relativamente alto de casos do novo coronavírus.

Nos últimos dez dias, Santa Catarina quebrou três vezes o recorde de mais casos confirmados em 24h, sendo que na sexta-feira (20) foi registrado o maior número até então, com 6,1 mil casos em um único dia.

O atual de ocupação global do Estado é de 81,1%, ou seja, são 1.149 leitos ocupados de um total de 1.416 ativos. Apesar de ficarem 267 leitos livres em todo o Estado, 12 hospitais estão totalmente lotados:

  • Hospital Bethesda, em ville
  • Hospital Beatriz Ramos, em Indaial
  • Hospital de Municipal São José, em ville
  • Hospital Florianópolis, na capital
  • Hospital Maicé, em Caçador
  • Hospital Sagrada Família, em São Bento do Sul
  • Hospital São Camilo, em Imbituba
  • Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê
  • Hospital Sã José, em Jaraguá do Sul
  • Hospital Regional Helmuth Nass, em Biguaçu
  • Maternidade Darcy Vargas, em ville
  • Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma

Destes, somente os três últimos não possuem pacientes da Covid-19, e tanto o Hospital Florianópolis quando o Bethesda, em ville, tem todos os seus leitos ocupados por pacientes do vírus.

No total, todos os 12 hospitais lotados ofertam 249 leitos de UTI, e destes, são 119 ocupados por pacientes do vírus, um índice que se aproxima dos 50%.

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