Terapia inovadora elimina câncer em 30 dias de paciente que já não tinha mais esperanças 69v67

Sem perspectiva de melhora, Paulo Peregrino se submeteu ao tratamento e viu o câncer desaparecer 1d416

Um paciente, de 61 anos, diagnosticado com câncer, viu a doença desaparecer em um mês, após ar por uma terapia inovadora. O publicitário, Paulo Peregrino, já possuía histórico de cânceres e não tinha mais perspectiva de ver o fim da doença.

Paciente a por tratamento inovador e câncer desaparece em 30 dias – Foto: Reprodução/R7/NDPaciente a por tratamento inovador e câncer desaparece em 30 dias – Foto: Reprodução/R7/ND

Ele foi diagnosticado com câncer de próstata, em 2010, e outros dois linfomas não Hodgkin, em 2018 e 2019. Paulo já havia se submetido aos tratamentos até então disponíveis e o linfoma não diminuía.

Diante disso, os médicos consideravam colocá-lo em cuidados paliativos, ou seja, quando se evita o sofrimento do paciente até que ele morra. “Quarenta e cinco quimioterapias que eu precisei fazer ao longo desses cinco anos. Fiz um transplante de medula. Nada adiantou”, relembra.

Escolhido para tratamento inovador 3a3n2x

Paulo foi escolhido para um tratamento que não está disponível para todos: o CAR-T . A técnica é desenvolvida no Hemocentro de Ribeirão Preto​/CTC-USP (Centro de Terapia Celular da Universidade de São Paulo), em parceria com a USP​ e o Instituto Butantan.

O procedimento, pelo qual o paciente ou, envolve a retirada de células de defesa da pessoa com câncer e modificá-las geneticamente em laboratório. Elas são recolocadas no corpo para destruir as células cancerígenas.

“No caso do Paulo, se desparece [com] todo o tumor. Isso a gente tem que ter um acompanhamento. A gente sabe mesmo que depois de um certo tempo a doença pode voltar. Só se cura mesmo o câncer depois de cinco anos. Porém, isso já é muito animador porque não existia mais nenhum tipo de terapia para o Paulo”, revela o médico e pesquisador Vanderson Rocha, da Faculdade de Medicina da USP, que participou da equipe.

Tratamento disponível em poucos países 4s4x70

O tratamento com células CAR-T está disponível em poucos países e pode custar entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões. Além disso, só pode ser usado em alguns tipos de câncer, como linfoma, leucemia e mieloma. A aplicação para outros tumores ainda está em estudo.

Antes de chegar ao tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Paulo ou pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde fez duas coletas de células, mas que não deram certo.

Em fevereiro, foi internado em estado grave em Niterói, onde mora, por problemas causados pelo linfoma. Somente quando se recuperou, em março, recebeu suas células tratadas na capital paulista.

Ele permaneceu desde então na UTI, foi para o quarto e, no último domingo, recebeu alta.

Procedimento 2at2b

Poucos pacientes são tratados no país com a técnica. Apesar disso, em 60% deles o câncer sumiu em apenas 30 dias, como aconteceu com o publicitário. No SUS, até agora, 13 pacientes já receberam o tratamento com células CAR-T.

“As células CAR-T  são células do próprio paciente, são os linfócitos T. Esses linfócitos são os responsáveis para combater as infecções, mas também para combater o câncer, só que o câncer dribla essas células. Então para poder combater o câncer nós temos que modificá-las no laboratório. Então, essas células são retiradas do paciente. […] As células são modificadas geneticamente, e são reinfundidas no paciente depois de aproximadamente duas a quatro semanas. Essas células que estão modificadas geneticamente para combater o câncer vão atuar em cima do câncer e destruí-lo”, explicou o médico.

O procedimento pode ser feito na rede privada, mas o caminho é outro. Conforme o especialista, na medicina privada já existe a possibilidade de fazer essas células.

“Essas células são retiradas dos pacientes, são enviadas para o exterior, são manipuladas e são infundidas. Já no caso do Pelegrino, tudo foi feito pelo SUS e pela pesquisa das células produzidas em Ribeirão Preto, pela Fapesp [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo], CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], pelo Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto”, acrescenta.

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