“Toda vez que eu ia ao banheiro, pegava meu telefone. Queria parar, mas a masturbação parecia ter vontade própria”, relatou o nigeriano Joshua Simon, 25 anos, ao jornal britânico The Sun. Ele descobriu a pornografia aos 12 anos. Mas, o que era para ser algo que muitos consideram normal para homens jovens, tornou-se uma luta diária para ele.

Apesar de sua primeira busca por conteúdos adultos ter sido ainda bastante jovem, a situação se tornou preocupante quando ganhou seu primeiro celular, aos 16 anos.
A partir de então, Joshua ou a ter o à pornografia a qualquer momento e na palma de sua mão.
Anos de luta contra vício 6l6f4j
Com fácil o a conteúdos adultos, Joshua relatou que começou a perder o controle e sentia necessidade de consumir pornografia o tempo todo. O que acontecia quatro ou cinco vezes por semana ou a ocorrer mais de três vezes por dia.
“Cheguei ao ponto em que comecei a perder cabelo e peso. Eu me sentia tão mal comigo mesmo que só queria me esconder. Minha concentração e memória pioraram”, contou.
Aos 19 anos, o vício em masturbação começou a afetar seu sono, quando ele começou a ter pesadelos relacionados ao sexo. Ele disse que ou a ver pessoas o atacando e seduzindo nos seus sonhos: “Quando acordava, sentia que havia alguém em cima de mim”.

Somente aos 21, após cinco anos de vício, Joshua percebeu que precisava largar o vício em masturbação para ter sua vida de volta. Ele ou a frequentar a igreja e se absteve de assistir pornografia ou de se masturbar, apesar de seu vício ainda lhe causar fortes tentações. Depois de quase um ano, Joshua conseguiu finalmente largar o vício.
Em 2022, ele confessou para sua família o que tinha ado: “Achei que eles poderiam me odiar por isso. Contei tudo o que tinha enfrentado e chorei, mas eles oraram por mim”.
Masturbação é saudável? 4i6a2q
A masturbação, quando praticada de maneira saudável, pode trazer inúmeros benefícios para a saúde sexual da pessoa, tendo caráter terapêutico e de bem-estar.
Mas é preciso tomar cuidado quando o estímulo é sempre o mesmo, pois isso pode “viciar” o cérebro e fazer com que essa pessoa tenha dificuldade de atingir o orgasmo de outras formas, principalmente nas relações sexuais.
Uma das principais maneiras de estimular é através da pornografia. O intuito desses conteúdos adultos é despertar excitação, não educação sexual.
Histórias fictícias interpretadas por atores e atrizes profissionais geram estímulos sexuais intensos e diversos que, se consumidos sem entendimento crítico, são prejudiciais e têm potencial viciante.

Vício em pornografia 95fq
A Organização Mundial da Saúde não define o vício em pornografia como uma doença clínica, mas apenas menciona na descrição de “transtorno de comportamento sexual compulsivo”.
O Instituto de Psicologia Aplicada (INPA) entende que o vício refere-se à “necessidade que uma pessoa tem de consumir pornografia a ponto de interferir em sua vida diária, nos seus relacionamentos e na sua capacidade de ter um bom desempenho nas relações sexuais”.
O vício altera o sistema de dopamina no cérebro e pode ser comparado com uma pessoa com dependência de substância psicoativa que, quando consome a droga, recebe um fluxo intenso de dopamina que causa sensações de prazer e recompensa.
As causas desse vício variam de pessoa para pessoa. Pode ser uma necessidade para escapar de algum sofrimento psicológico, uma válvula de escape para a insatisfação sexual, uma ideia culturalmente construída sobre como as pessoas devem se parecer e se comportar durante o sexo ou fatores químicos do cérebro.
Ao perceber o vício, deve-se procurar um terapeuta comportamental, que inclui ajuda de psicólogos, sexólogos ou até grupos de apoio.