No acordo político que fez o governador Carlos Moisés (sem partido) escapar de dois processos de impeachment e está garantindo governabilidade ao chefe do Executivo, caberia ao MDB-SC a indicação do delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina. Esse acerto justificaria a opção de Ghizoni para substituir tanto Paulo Koerich quanto Akira Sato.
Marcos Ghizoni Júnior foi delegado-geral-adjunto na gestão de Raimundo Colombo e promovido a delegado-geral quando o vice Eduardo Moreira assumiu, com a renúncia do titular para concorrer ao Senado nas eleições de 2018.
Com bom trânsito político, Ghizoni teria sido o plano A de Moisés na sucessão de Koerich, mas declinou. Deve repetir o gesto agora.
O outro nome é do delegado Rafaello Ross, chefe da delegacia de Mafra.
Entenda o Caso Akira Sato s3d29
Quinze dias depois de ser anunciado como novo delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, especula-se que Laurito Akira Sato deva deixar o cargo.
Sato teria se sentido coagido com um pedido para substituir o delegado Rodrigo Schneider, chefe da Cecor (Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção), responsável pelas Decor (Delegacias de Polícia Especializadas no Combate à Corrupção).
As investigações no caso de suposta corrupção em uma licitação no Porto de São Francisco do Sul estariam sob coordenação de Schneider.
O deputado estadual Ivan Naatz (PL) anunciou que pretende convocar Akira Sato, ou seu sucessor, para explicar este fato. Naatz falou em “uma empresa de coronéis para fraudar o governo”.
Mesmo com os rumores, Sato continua oficialmente no cargo, conforme informação do “Diário Oficial do Estado”.
Sato foi escolhido pelo governador Carlos Moisés (sem partido) para substituir Paulo Koerich, que foi o primeiro nome anunciado para o alto escalão de governo.
O governador Carlos Moisés ainda não se pronunciou sobre o assunto. A Secretaria de Estado da istração emitiu uma nota oficial para negar as irregularidades que estão sendo colocadas como o estopim para a demissão.