O movimento na rua 3150, no Centro de Balneário Camboriú, é diferente desde o início da noite desta terça-feira (2). O morador de um apartamento do sétimo andar confessou ter matado a companheira, após vizinhos relatarem à polícia terem visto ele entrando no prédio com vários pacotes de gelo.
Segundo a polícia, Paulo Carvalho de Souza, de 42 anos, cometeu o crime com requintes de crueldade e mantém o corpo da vítima no local. Às 10h desta quarta-feira (3), após mais de 15 horas de negociação, ele ainda não havia se rendido e afirmava aos policiais que iria se matar.

A ocorrência começou por volta das 18h de terça. Um negociador especializado, do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), está no local realizando o contato com Paulo. Segundo a PM, a vítima é Lucimara Stasiak, de 29 anos. Advogada, ela morava em Florianópolis e estava desaparecida desde quinta-feira (28). A família dela, que é do Paraná, está a caminho de Santa Catarina.
De acordo com o comandante da Polícia Militar de Balneário Camboriú, coronel Alexandre Coelho Vieira, o odor chama a atenção no local. Vizinhos informaram à polícia que o casal teve uma briga na quinta e, desde então, Lucimara não foi mais localizada. Na terça, a polícia foi chamada após o homem ser visto entrando no prédio com diversos pacotes de gelo.

Abordagem difícil
A guarnição se dirigiu ao local e tocou a campainha, mas Paulo não respondeu. Os agentes se dirigiram a um apartamento próximo e avistaram o morador. “Ele começou a conversar com a guarnição, alternando momentos de lucidez e loucura”, informou o coronel Vieira.
Depois que os policiais ameaçaram arrombar a porta, ele itiu ter matado a companheira e disse que estava armado e que iria se matar. Paulo garantiu ainda que enfrentaria os policiais caso houvesse uma invasão no apartamento. Ainda assim, a polícia não tem certeza se ele está portando uma arma.

Sem agens policiais, o homem tem histórico de problemas psicológicos. A suspeita é que ele tenha sofrido um surto psicótico. Às 8h, ele permanecia sentado na mureta da sacada do apartamento, enquanto um policial do Bope, situado na sacada do andar superior, realizava a negociação.
A área foi isolada e conta com viaturas da polícia e do Corpo de Bombeiros. Moradores estão autorizados a entrar e sair de suas casas, mas estão impedidos de permanecer na rua.