Após a conclusão da investigação sobre a morte do policial civil, Neife Luiz Werlang, de 46 anos, a defesa da amiga da filha do policial se manifestou e afirma que a menina não praticou os atos infracionais pelos quais é suspeita.
A adolescente de 13 anos e a filha do policial, de 12, são apontadas como as responsáveis pela morte de Werlang. O crime ocorreu em outubro no município de São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste de Santa Catarina.

Por meio de nota, os advogados de defesa da amiga da filha do policial, Adriano Ochoa e Andreia Ludwig, observam que desde o dia do crime inúmeras versões surgiram, e muitas com versões totalmente distorcidas e irreais.
A defesa entende que os fatos e conclusões estão sendo precipitadas, sem uma base probatória concreta. De acordo com os advogados, na investigação, que teve o às conversas nos telefones dos envolvidos, muitas delas recuperadas, em diversos dispositivos, não foi encontrada qualquer troca de mensagens em relação a suposta combinação.
Na análise da defesa, as pericias realizadas também não demonstram qualquer ato praticado pela “amiga”, por ela estar junto, no dia e local errado, foi tirada a conclusão que há “indícios” que ela teve participação.
“[…] ainda são necessários alguns esclarecimentos, para uma posterior conclusão correta e justa, mas que a adolescente, “amiga da filha”, não praticou os atos infracionais”, disse a defesa em nota.
Veja a nota na íntegra: 3x4w1v
A defesa da adolescente “amiga da filha”, formada pelos advogados Dr. Adriano Ochoa e Dra. Andreia Ludwig, vem se manifestar em nota sobre a conclusão da investigação da polícia civil, em relação ao crime ocorrido em 15 de outubro de 2021, que teve como vítima um policial civil.
Uma vez divulgado detalhes pela Polícia Civil sobre a conclusão da investigação, entende a defesa a necessidade de alguns esclarecimentos. Incialmente a defesa se solidariza com a família da vítima e amigos, prestando nossas sinceras condolências, bem como se solidariza com demais pessoas, familiares envolvidos que de uma forma ou outra também sofrem.
O acompanhamento da defesa se deu desde o início dos fatos, já no sábado, e desde então inúmeras versões surgiram, e muitas, para não se dizer todas, com versões totalmente distorcidas e irreais.
Por se tratar de um crime com grande repercussão local e regional, cheio de detalhes, e tramitando as investigações em sigilo, a defesa vem a público se manifestar pela primeira vez, pois aguardava a conclusão das investigações, que diga-se de agem, a Polícia Civil fez um ótimo trabalho, merecendo os parabéns a todos os envolvidos.
Importante ainda esclarecer que a família da “amiga da filha” se encontra em estado de choque, sofrendo muito com tudo isto, mas contribuindo e na espera por esclarecimentos, da verdade.
Em relação a conclusão da investigação, em que pese “concluída”, não chegou a algumas respostas, como por exemplo, a motivação e a dinâmica correta dos fatos.
Na conclusão foi apontada a “amiga” como também responsável pelo planejamento e execução do ato infracional análogo ao crime de Homicídio Qualificado e Furto, mas a defesa, com devido respeito, entende que os fatos e conclusões estão sendo precipitadas, sem uma base probatória concreta.
Na investigação, que teve o as conversas nos telefones dos envolvidos, muitas delas recuperadas, em diversos dispositivos, não foi encontrada qualquer troca de mensagens em relação a suposta combinação, as pericias realizadas também não demonstram qualquer ato praticado pela “amiga”, por ela estar junto, no dia e local errado, foi tirada a conclusão que há “indícios” que ela teve participação.
A defesa não quer e nem vai fazer apontamentos, pois não seria justo e nem teria base para tanto, e muito menos cabe a esta tal papel, e por respeito aos familiares e amigos envolvidos, o qual sabemos do sofrimento, pois a família desta também sofre, apenas se limitara a afirmar que ainda são necessários alguns esclarecimentos, para uma posterior conclusão correta e justa, mas que a adolescente, “amiga da filha”, não praticou os atos infracionais.
Investigação aponta emboscada e furto 5d4p1l
A investigação sobre a morte do policial civil, Neife Luiz Werlang, de 46 anos, revelou que a filha dele, de 12 anos, e uma amiga, de 13, planejaram uma emboscada, furtaram dinheiro da vítima e dividiram entre amigos após a morte.

A PC (Polícia Civil) apurou, após três semanas de investigação, que as meninas ficaram escondidas na casa do policial por quase duas horas, esperando a chegada dele do trabalho.
Ao entrar no quarto, por volta das 19h15, Neife Werlang foi atacado com uma faca e morreu sem receber socorro. O número oficial de facadas não foi revelado, mas fontes dizem que ele teria sido ferido com mais de 20 golpes no tórax, pescoço e abdômen.
Após o homicídio, de acordo com a investigação, as adolescentes furtaram determinado valor em dinheiro que ele guardava em casa e fugiram do local. A quantia furtada não foi revelada pela polícia.
Antes da fuga, dispensaram a faca usada no crime e as roupas com marcas de sangue. Os materiais foram apreendidos, periciados e confrontados com material genérico pelo IGP (Instituto Geral de Perícias).
O dinheiro furtado pelas meninas foi repartido com outros dois adolescentes, colegas delas, segundo a polícia. Com autorizações judiciais, a Polícia Civil fez buscas e apreendeu nas casas deles parte do valor levado. Os dois foram indiciados por ato infracional de favorecimento real.
O Inquérito Policial foi concluído no dia 5 e encaminhado ao Poder Judiciário. As meninas foram indiciadas por “atos infracionais análogos ao crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe, emboscada e traição, além de furto.”
Imagens de câmeras de monitoramento ajudaram a polícia a desvendar o caminho das meninas antes e depois do homicídio, e concluir que tudo foi planejado.
Onde estão as adolescentes? 2n2i3j
As duas adolescentes estão internadas no Case (Centro de Atendimento Socioeducativo), em Chapecó, no Oeste catarinense, à disposição do Poder Judiciário.
A SAP (Secretaria de istração Prisional e Socioeducativa) informou que as duas adolescentes foram apreendidas em São Miguel do Oeste e, no dia 16 de outubro, à tarde, já estavam sob responsabilidade do Dease (Departamento de istração Socioeducativa).
Relembre o crime 5q1220
Neife Luiz Werlang foi encontrado morto na noite de sexta-feira, dia 15 de outubro, em casa no bairro Agostini. A morte dele foi investigada sob extremo sigilo, inclusive a pedido do Delegado-Geral da Polícia Civil, Marcos Flávio Ghizoni Júnior ao Delegado Regional de São Miguel do Oeste, Wesley Andrade.

Uma fonte exclusiva do ND+ revelou que as adolescentes teriam idealizado o crime inspirado no caso Suzane Richthofen, que planejou o assassinato dos pais Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen. A polícia não confirmou a informação.
A filha do agente policial pediu à Justiça autorização para comparecer ao velório do pai, o que foi negado pelo juiz com a alegação de que “o caso é de grande comoção social, devendo-se preservar, inclusive, a integridade física da adolescente.”
O despacho do juiz considerou ser “difícil até achar palavras para negar pedido tão impróprio, numa hora igualmente tão imprópria”. O texto diz, ainda, que, “ao desferir as facadas como fez, ela já se despediu do pai.”
O agente Neife Luiz Werlang ingressou na Polícia Civil em junho de 1996. Ele iniciou a função na Comarca de Itapiranga, onde ficou por um ano. Atuou, em seguida, na Delegacia de Comarca de São Miguel do Oeste. Depois, na Delegacia de Polícia da Comarca de Xanxerê e na Divisão de Investigação Criminal de São Miguel do Oeste.
Atualmente, era responsável pelo setor de Alvarás da Delegacia Regional de Polícia de São Miguel do Oeste e responsável pela Delegacia de Polícia do Município de Paraíso. O policial civil foi morto brutalmente e o crime esclarecido. O velório e o sepultamento serão em São Miguel do Oeste.