Contratação de temporários para suprir falta de efetivo na Polícia Civil é uma possibilidade 3u6k5u

*Thiago Oliveira, interino

Em entrevista ao Balanço Geral Criciúma, o novo delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, destacou que o maior desafio neste início de gestão é com a falta de efetivo. Contou que apesar da previsão em lei de que o estado deveria ter 5.997 policiais, possui cerca de 3,4 mil. Pouco mais da metade esperada. Além disso, 30% estão aptos a se aposentarem. E mesmo com a previsão de um concurso público ainda neste ano, o número só deve ter modificações práticas a partir do ano que vem. Por isso, a ideia é de utilizar temporários.

O delegado contou que o governador Jorginho Mello (PL) estuda a possibilidade de enviar uma lei à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), que permitisse a contratação de temporários, como já existe na Polícia Militar.

“Contratos de dois anos prorrogáveis para mais dois, e ariam a atuar nos registros de ocorrência e atividades burocráticas dentro da delegacia, liberando mais policiais para trabalharem na investigação e atividades fim combatendo o crime”, revelou Gabriel.

Essa é uma alternativa que pode ajudar a aumentar o efetivo, já que o concurso público é voltado para o médio e longo prazo. A ideia é que um certame seja realizado ainda neste ano, voltado para delegados e psicólogos policiais. Na sequência, deve ser realizado para escrivão de polícia e agente da Polícia Civil.

Segundo Gabriel, já está em processo de contratação da banca, com a intenção de lançar edital no primeiro semestre, e finalizar o processo até o final do ano. Mas depois ainda tem um período de formação na Academia de Polícia. Então, na prática, esses profissionais só estariam à disposição no meio de 2024.

Mas mesmo com a demora, o processo é mais do que necessário, já que o Estado possui apenas 435 delegados em 110 comarcas. De menores, como Lauro Müller, que precisa de um delegado, até maiores, como Criciúma, que deveriam ter dez. Uma realidade bem diferente da atual, já que 2023 começou com 12 delegados em toda a Região Carbonífera, um número bem menor que os 17 de 2021.