O religioso Osório José Lopes Júnior, que era procurado pela PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), foi preso no início da noite desta quinta-feira (21), em Tocantins. Ele é alvo da operação falso profeta, desencadeada na quarta-feira (20), que investiga a promessa de “bênçãos” na casa de “um octilhão de reais” ou “350 bilhões de centilhões de euros”.
Falo religioso é preso no Tocantins – Foto: Montagem/Youtube/Freepik/Divulgação/ND
Conforme informações do portal R7, o religioso foi levado para a delegacia de Gurupi, no Sul do estado de Tocantins, e não deve ser transferido.
Profeta pedia dinheiro em troca de “benção” 63506m
O falso profeta é suspeito de aplicar golpes por meio das redes sociais, orientando às vítimas, em sua grande maioria evangélicas, a investir R$ 25 e prometendo um retorno financeiro de R$ 1 octilhão. Ou, se aplicassem R$ 2.000, teriam um retorno de R$ 350 bilhões. Os investimentos seriam revertidos para ações humanitárias.
O falso profeta é suspeito de aplicar golpes por meio das redes sociais – Foto: José Cruz/Agência Brasil/NDLopes Júnior foi acusado em 2018 de aplicar golpes em fiéis de Goianésia, no Estado de Goiás. Na ocasião, ele e outro pastor afirmaram precisarem reunir fundos para receber um título de R$ 1 bilhão, e quem os ajudasse teria um retorno até dez vezes acima do valor doado. Neste golpe os dois arrecadaram algo em torno de R$ 15 milhões.
A outro investidor de São Paulo, Osório chegou a prometer um retorno financeiro de R$ 2 quatrilhões, após depósito de R$ 300 mil na conta do religioso, que foi realizado.
Operação Falso Profeta 1b222t
De acordo com a Polícia Civil, o golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e de quase todas as unidades da federação, estimando-se mais de 50 mil vítimas.
Homem fez cerca de 50 mil vítimas – Foto: Arquivo/Reprodução/NDConforme a investigação, iniciada há cerca de um ano, o grupo do qual Osório faz parte é composto de cerca de 200 integrantes.
Ao todo, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, no Distrito Federal e em outras unidades da Federação.
