Mais de 15 viaturas, um helicóptero e 23 bombeiros militares. Esse foi o efetivo que os bombeiros utilizaram no salvamento dos soldados do 23° BI (Batalhão de Infantaria), em Blumenau. Até pessoas que estavam encerrando o serviço de plantão precisaram retornar para atuar na ocorrência.

A tragédia envolvendo o caminhão do Exército Brasileiro mobilizou grande parte do efetivo do CBM (Corpo de Bombeiros Militar) do Vale do Itajaí. Três pessoas morreram e outras 38 ficaram feridas no acidente que ocorreu na manhã desta quarta-feira (16).
O capitão Rodrigo Gonçalves Basílio do CBM de Brusque foi quem coordenou a operação de salvamento. Em conversa com a reportagem do ND+ o oficial detalhou como foi a operação desde o deslocamento das viaturas até o resgate dos soldados feridos.
Acionamento e resposta rápida 5j3s2j
Os bombeiros foram acionados por volta das 8h25 com a informação inicial de um acidente de trânsito envolvendo um caminhão do 23º BI. O capitão relembra que, mesmo sendo um local de difícil o e com uma estrada bastante irregular, as guarnições puderam chegar de forma muito rápida.
Os primeiros a chegar foram os socorristas da base localizada no bairro Garcia. Quando os bombeiros chegaram, já havia equipes do próprio exército atuando no resgate.

Todo o efetivo mobilizado 6l1x3s
O capitão conta que se deslocou de Brusque para ocorrência. Ele explicou que todas as viaturas de Blumenau foram direcionadas para resgatar as vítimas do acidente. “Tínhamos bombeiros que estavam encerrando o plantão que voltaram para atuar no resgate”, relembra.
Além de Blumenau e Brusque, parte do efetivo de Gaspar também foi mobilizado. O helicóptero Arcanjo, uma ambulância do Samu e equipes dos bombeiros voluntários de Indaial e Pomerode também foram acionadas e prestaram apoio na ocorrência.
Cenário perigoso e riscos 4x6y33
Basílio conta que a atuação foi bastante delicada e exigia o máximo de atenção dos socorristas. O caminhão do exército caiu de uma altura de 20 metros e ficou caído na ribanceira da rua Belmiro Colzani, no bairro Progresso. A estabilização do automóvel, conta o oficial, foi o principal desafio.
“Tínhamos um cenário muito perigoso. Qualquer movimentação errada poderia criar uma tragédia ainda maior, pois um movimento errado faria o veículo tombar e esmagar quem atuava no resgate”, relembra.
Outro dificuldade apontada pelo oficial foi o fator emocional. Ao falar sobre o acidente, Basílio confidencia o sentimento de tristeza que mexe com a equipe. “Isso tudo mexe bastante com a gente. Ter esse sentimento de tristeza e, ao mesmo tempo, se concentrar para atuar no resgate é desafiador”, disse.

Resgate da última vítima 136qn
A última pessoa a ser resgatada com vida foi o soldado Alexandre da Silva Reginaldo, de 19 anos. O capitão conta que o jovem estava consciente durante toda a ação. Para retirar o jovem, os bombeiros precisaram escavar por baixo do caminhão.
“Ele estava consciente durante todo o momento. Chegou a receber um medicamento para amenizar a dor. A gente conversava a todo instante com ele incentivando e dizendo que faltava pouco para sair dali. Ele variava de momentos de calmaria com momentos de mais agitação e desespero”, relembra Basílio.
O jovem foi resgatado por volta das 13h40, quatro horas após o acidente. Ele chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na noite desta quarta-feira.

O acidente t4t13
O acidente envolvendo o caminhão do Exército Brasileiro aconteceu na manhã desta quarta-feira (16). O veículo fazia parte de um comboio que se deslocava para o campo de treinamento onde os soldados receberiam a primeira instrução de tiro.
O veículo caiu de uma ribanceira de 20 metros na rua Belmiro Colzani, no bairro Progresso.