Após dois anos da chacina na escola Infantil Pró-Infância Aquarela, nesta quarta-feira (9), inicia o julgamento do homem acusado pela morte de três bebês e duas professoras.

Além dessa acusação, ele ainda responde por 14 tentativas de homicídio. A sessão começou às 9h com o sorteio dos jurados entre as 26 pessoas convocadas.
Dessa forma, seis mulheres e um homem compõem o conselho de sentença que decidirá o futuro do réu no julgamento, que acontece no Salão do Tribunal do Júri do fórum da comarca de Pinhalzinho e é presidido pelo juiz da Vara Única, Caio Lemgruber Taborda.
Seis vítimas foram ouvidas no início do julgamento e, na sequência, foi liberada a entrada do público, que ocupou os 84 lugares disponibilizados. Segundo a assessoria do Ministério Público, o uso de celular está proibido no local.
Todos os assentos reservados para os familiares das vítimas serão mantidos dessa forma durante todo o júri, independentemente da presença dessas pessoas. Além disso, o réu acompanha o depoimento das vítimas em uma sala separada.

Julgamento pode ir até a sexta-feira 59423z
Neste primeiro dia de julgamento, serão ouvidas oito vítimas de acusação e quatro de defesa. Também será feita uma pausa para o almoço, ainda sem horário definido. Além disso, não há previsão para os encerramentos dos trabalhos nesta quarta-feira. A sessão continuará no dia seguinte e pode se estender até sexta-feira.
As ruas que cercam o fórum estão fechadas, por razão de segurança. Participam da operação, ao todo, 12 policiais penais do NOT (Núcleo de Operações Táticas), 17 policiais militares de Pinhalzinho e Chapecó, e dois bombeiros.
Relembre o caso 6r6f37
Em 2021, na manhã do dia 4 de maio, o réu entrou na creche e matou duas professoras e três bebês e, além disso, tentou matar outras 14 pessoas, entre educadoras, funcionárias e crianças.
O réu teria usado uma adaga que havia comprado pela internet especialmente para realizar o ataque. Após isso, ele ainda tentou se matar, mas foi detido por populares e entregue às autoridades.
Com isso, ele confessou o crime. Agora, o processo tramita em segredo de justiça.
O ND+ não irá publicar fotos do rosto do assassino, tampouco destacar o nome dele ao longo da cobertura. Também não irá mostrar o rosto das vítimas. A decisão editorial foi feita em respeito às famílias e ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), além de não compactuar com o protagonismo de criminoso