Em nota divulgada nesta terça-feira (8), a Marinha do Brasil informou que irá investigar as causas do incêndio que atingiu o Morro do Farol de Cabeçudas, nas proximidades da Praia da Solidão, em Itajaí. A ocorrência foi registrada na tarde desta segunda-feira (7).

O fogo atingiu vegetação nativa em um terreno íngreme, o que dificultou o trabalho de combate às chamas. A geografia do terreno, com sua acentuada declividade, fez com que as chamas se espalhassem rapidamente, tornando o combate mais desafiador.
As guarnições precisaram esperar o fogo chegar até a estrada, formando um aceiro (faixa sem vegetação que forma uma barreira contra a propagação), onde foi feito o combate e extinção das chamas. A situação exigiu o apoio de outras instituições além da Marinha e do Corpo de Bombeiros, como o INIS (Instituto Itajaí Sustentável) e a Guarda Portuária.
Segundo a Prefeitura de Itajaí, após avaliação técnica do INIS, a área seguirá isolada para regeneração natural, porque é uma região muito íngreme e não existem outras medidas possíveis no momento.
Incêndio em praia pode ter sido causado por ação humana 2v1u16

Conforme a Defesa Civil de Itajaí, incêndios florestais como este são muitas vezes causados pela ação humana. As causas mais frequentes incluem queimadas irregulares, descarte inadequado de lixo, bitucas de cigarro acesas e fogueiras em acampamentos.
A Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí informou que um procedimento istrativo foi instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades relacionadas ao incidente, bem como fazer o levantamento da extensão da área afetada.
“A conclusão do procedimento está prevista para até 40 dias, podendo ser prorrogada, conforme a necessidade e respeitando as formalidades legais. Após a finalização, serão adotadas as medidas cabíveis”, salientou a nota da Marinha.
A Lei 9.605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, prevê severas penalidades, incluindo multas e prisão, para quem causar incêndios florestais.