O início da madrugada desta terça-feira (1º) foi marcado por medo, tensão, tiroteio e explosões na cidade de Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Não há expressão que melhor defina o ocorrido do que “terror”.

O maior assalto da história de Santa Catarina teve início às 23h40 de segunda-feira (30), quando 30 criminosos armados em dez veículos lançaram um caminhão em frente ao 9º Batalhão da Polícia Militar e atearam fogo.
Durante os disparos no Batalhão, uma guarnição de Rádio Patrulha e outra do PPT cruzaram com um dos veículos utilizados pelos criminosos na altura do Shopping Criciúma.
Durante a troca de tiros, um policial foi atingido e precisou ser internado no hospital Unimed, e posteriormente transferido para o Hospital São José. Ele ou por três cirurgias, porém perdeu muito sangue e seu estado de saúde é gravíssimo.

Por volta da meia-noite, os assaltantes partiram para o Centro da cidade. Eles utilizaram explosivos para efetuar o roubo no Banco do Brasil, fizeram diversos disparos e reféns na via pública.
Próximo as 2h da madrugada, os criminosos fugiram do local em direção a cidade de Nova Veneza. Foram deixados cerca de 200 quilos de explosivos em alguns pontos da cidade.
Os veículos utilizados pelos criminosos foram encontrados em meio a uma plantação no início da manhã desta terça-feira na cidade vizinha. A polícia acredita que eles tenham fugido em outro veículo.

Após a fuga, parte do dinheiro roubado ficou espalhado pelas ruas. Quatro pessoas foram flagradas recolhendo esse dinheiro e foram detidas. Com elas, foram encontrados cerca R$ 810 mil.
Por volta das 8h, quatro artefatos explosivos foram desativados pelo esquadrão de bombas do Cobra, sendo três nas proximidades da praça do congresso, e um na agência do Banco do Brasil. No total, foram encontrados 200 kg de explosivos.

Por volta das 11h, esses artefatos foram levados até um local apropriado na região Norte de Criciúma para serem destruídos.
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e órgãos de segurança do Estado concederam entrevista coletiva ao fim da manhã para falar sobre o tema.
A polícia acredita que a ação foi planejada com antecedência e que os criminosos seriam de fora do Estado. O IGP (Instituto Geral de Perícias) foi acionado e está ajudando nas investigações.

O IGP deslocou uma série de peritos criminais e agentes de perícia para a cidade. “Todo crime deixa vestígios e evidências, nosso trabalho é fazer um redesenho do local do crime”, disse o órgão.