A Polícia Civil prendeu dois suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Vinicius Barbosa de Morais. O adolescente de 16 anos foi visto pela última vez na noite de 13 de janeiro em uma festa na comunidade do Brejaru, em Palhoça, na Grande Florianópolis.

Segundo a DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Palhoça, responsável pelo caso, os indícios coletados até o momento apontam para um homicídio.
No entanto, o corpo do garoto ainda não foi localizado. Não foram reados detalhes sobre os detidos e o local das prisões. A investigação corre em sigilo.
Há um mês, a família de Vinicius sofre por não saber o que aconteceu com o rapaz. “Não sabemos nada sobre o menino. Onde ele está, se está morto, onde está o corpo, pelo menos. Nada. Isso é muito angustiante para nós”, lamentou a madrasta do garoto ao ND+. Ainda de acordo com a familiar, o pai de Vinicius, Alirio Barbosa Goes, está desesperado com a situação.
Relembre o caso 6r6f37
O paradeiro de Vinicius Barbosa de Morais é desconhecido desde a noite de 13 de janeiro, quando ele foi para uma festa no bairro Brejaru. O pai de Vinicius contou que o adolescente havia se mudado recentemente para Florianópolis.
“Meu filho veio de São Paulo pra morar aqui em Itajaí comigo. No entanto, meu sobrinho, Ailton, trabalhava em uma loja e conseguiu transferência para Florianópolis, foi então que meu filho decidiu ir morar com ele”, revela o pai.
O adolescente teria chegado na cidade apenas dois dias antes de desaparecer. Segundo Goes, seu filho foi convidado por duas vizinhas para ir a uma festa no Brejaru. “Eu falei para ele não ir, e o primo dele também. A gente falou e ele insistiu”, disse o pai.
No sábado (14) pela manhã, a família tentou ligar para o adolescente, mandar mensagens e entrar em contato de várias formas. No entanto, o telefone nunca foi atendido. Assustado com a situação, Goes saiu de Itajaí e viajou para Palhoça para registrar o Boletim de Ocorrência.
Naquela semana, um depoimento prestado à DPPD (Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas) de Santa Catarina deu pistas sobre o desaparecimento de Vinicius.
Uma amiga do rapaz revelou à polícia que durante a festa, ele disse a ela que iria comprar drogas sintéticas. A garota foi ao banheiro e quando voltou não o encontrou mais.
À época, o delegado da DPPD, Wanderley Redondo, que estava à frente do caso, levantou a possibilidade de execução. Uma das hipóteses era a de que a facção criminosa que atua na comunidade do Brejaru poderia ter desconfiado de que Vinicius fazia parte de uma facção rival.
A família, porém, nega que ele tivesse qualquer envolvimento com o crime organizado.