
Um homem de 28 anos é o principal suspeito de ter enviado e-mail com ataque às deputadas estaduais de São Paulo. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, acionada pela presidência da Assembleia Legislativa (Alesp) na segunda-feira (2).
A mensagem, com ofensas racistas, capacitistas, além de ameaças de violência e morte, foi enviado no último sábado (31) para todas as parlamentares da Assembleia Legislativa. Algumas, porém, foram nominalmente citadas.
Segundo a Alesp, a presidência, assim que soube do caso, determinou o acionamento das Polícias Civil e Militar contra o suspeito de ataque às deputadas. “O presidente da Alesp se solidariza com as deputadas estaduais. Nenhuma agressão pode ser tolerada”, diz nota oficial.
Na noite desta segunda-feira (2), várias das parlamentares publicaram nas redes sociais nota oficial em nomes de todas as mulheres que cumprem mandato na Alesp. A bancada feminina ocupa 24 das 94 cadeiras da Casa.

“O e-mail é um ataque claro ao direito de mulheres exercerem seus espaços de poder na política institucional, um espaço já tão reduzido na Alesp, onde somos 24 em 94 deputados. É também um ataque direcionado a pessoas com deficiência, a pessoas negras, a pessoas idosas, públicos já historicamente vulnerabilizados em um país como o nosso”, afirmou Andréa Werner (PSB) ao ND Mais.
No ano ado, pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que 24% das mulheres que atuam na política já sofreram violência de gênero. Em 2022, o MPE (Ministério Público Eleitoral) lançou uma cartilha auxiliando mulheres a denunciar violência política.
Suspeito de ataque às deputadas 6m2cm
Uma diligência já na segunda-feira (2) apreendeu um computador e um celular na residência do homem que é o principal suspeito de ataque às deputadas estaduais de São Paulo.
A secretaria de Segurança Pública (SSP) não informou a identidade do suspeito de ataque às deputadas e nem a cidade onde ocorreram as apreensões, para não prejudicar as investigações.
Em nota ao ND Mais, a SSP diz que o caso “foi registrado como ameaça, injúria racial e falsa identidade pela Assessoria da Polícia Civil junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.”