Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para apurar as circunstâncias e responsabilidades pela morte de Vitor Henrique Xavier Silva Santos, 19 anos, nos Ingleses, informou a PM catarinense nesta terça-feira (23). O jovem estava brincando com uma arma de pressão no quintal de casa, mas os agentes confundiram com uma pistola de verdade e o executaram.

Segundo a corporação, os policiais envolvidos na ocorrência ainda não foram ouvidos no IPM, já que normalmente os investigados falam por último. Além disso, os policiais envolvidos não serão afastados das suas funções até o resultado final do Inquérito. O IPM deverá ser concluído em 30 dias.
A Polícia Civil também abriu um inquérito. O caso é investigado pela delegada Salete Mariano, da Delegacia de Homicídios de Florianópolis. Na segunda, ela ouviu a irmã da vítima, Vivian Silva dos Santos, de 22 anos. Nesta terça, um tio de Vitor será interrogado. Já os PMs foram ouvidos no dia da morte pelo delegado Ênio de Mattos.
Após a tragédia, o comandante-geral da PM, coronel Araújo Gomes, afirmou que a corporação “lamenta profundamente a morte ocorrida” e que a instituição “tomará medidas para reduzir o risco de que novos incidentes como este se repitam”.
Versão da PM
Segundo Vivian, os policiais “aram atirando, sem perguntar nada”. Ela também contou que os PMs tiraram o celular dela durante a ocorrência, o que a impediu de avisar os pais sobre a morte do irmão.
No entanto, conforme a versão da PM, no momento da abordagem, Vitor apontou a arma para os policiais, “que diante da ameaça atiraram no mesmo, que veio a morrer no local”. A PM diz ainda que somente depois foi constatado que a arma era uma “réplica exata de uma pistola Glock”.