O presidente da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), Julio Garcia, teve a prisão domiciliar decretada e vai utilizar tornozeleira eletrônica.
A prisão foi efetuada durante a segunda fase da Operação Alcatraz, denominada Hemorragia, deflagrada no início da manhã desta terça-feira (19) pela Polícia Federal.
Além do presidente da Alesc, entre os alvos estão o ex-governador de Santa Catarina Eduardo Pinho Moreira, um ex-secretário de Estado, um ex-secretário adjunto, e empresários – dois deles seriam de ville.

O advogado de defesa do parlamentar, Cesar Abreu, confirmou a prisão domiciliar de Garcia.
Acompanhado pelo advogado, o deputado prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Florianópolis, durante a manhã. Em seguida, ele foi liberado.
De acordo com o advogado, até o início desta tarde, ele ainda aguardava o conteúdo do indiciamento do presidente da Alesc e as razões do decreto de prisão domiciliar.
O advogado disse que não irá se manifestar sobre o caso até ter o à decisão da Justiça. A defesa reforçou a inocência do deputado e disse que não há indícios que apontem para o seu envolvimento nos crimes.
Atuação na Alesc após prisão 6245m
A reportagem também entrou em contato com a Alesc. Por meio da assessoria de comunicação, a casa informou que não possui informações concretas sobre a operação e que não vai se manifestar até ter um posicionamento da defesa de Julio Garcia. A Alesc espera que isso aconteça nas próximas horas.
Eduardo Moreira 6q565d
O ex-governador Eduardo Pinho Moreira enviou nota, por meio da assessoria de imprensa, em que informa que não é investigado na Operação Alcatraz.
“O ex-governador Eduardo Moreira não está sendo investigado em nenhuma operação da Polícia Federal. Seu nome foi apenas citado nas investigações e por isso o mandado de busca e apreensão de poucos documentos e de seu celular”, disse a assessoria do ex-governador.
Conforme Moreira, “trata-se de um encaminhamento natural”, por ele ter exercido cargos de governador e vice-governador no período das investigações. A primeira fase da Operação Alcatraz foi deflagrada em maio de 2019, mas as investigações tiveram início em julho de 2018. O objetivo era combater fraudes a licitações e desvios de recursos públicos ligados a contratos de prestação de serviços de mão de obra terceirizada e do ramo de tecnologia.
“Vamos colaborar para que os fatos sejam esclarecidos. Minha vida pública sempre foi pautada por honestidade, transparência, diálogo e trabalho”, disse Moreira na nota encaminhada pela assessoria.