Preso neste domingo (24), por suspeita de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, o delegado ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, foi desligado da Universidade Estácio de Sá, onde era professor de direito.

Segundo seu perfil no LinkedIn, Rivaldo Barbosa era professor de direito desde 2003 e coordenador adjunto do curso desde 2022.
“A instituição informa que o professor não faz mais parte de seus quadros, e que já foram tomadas todas as medidas necessárias para sua substituição e para a continuidade das aulas. Reforçamos que nossa atuação é sempre pautada por princípios de ética, correção e não-violência e que a direção da unidade está sempre à disposição dos alunos para qualquer necessidade”, disse a universidade por meio de nota.
Rivaldo Barbosa preso junto a irmãos Brazão 3s451u
Rivaldo Barbosa foi um dos três alvos presos por envolvimento com os assassinatos. Além do delegado, os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão também foram detidos. O primeiro é deputado federal pelo União Brasil do Rio de Janeiro, enquanto o segundo é conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro).
Os irmãos são acusados de serem os autores intelectuais do crime, que tirou a vida da ex-parlamentar e do motorista Anderson Gomes. Rivaldo, segundo a PF (Polícia Federal), teria planejado as execuções. Os mandados de prisão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
“E aqui se justifica a qualificação de Rivaldo como autor do delito, uma vez que, apesar de não ter o idealizado, ele foi o responsável por ter o controle do domínio final do fato, ao ter total ingerência sobre as mazelas inerentes à marcha da execução, sobretudo, com a imposição de condições e exigências”, disse a PF em relatório.
Palavra à família de Marielle u3le
Na véspera das execuções de Marielle e Anderson, Rivaldo Barbosa assumiu o posto de chefe da Polícia Civil pela Intervenção Militar na Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Um dia após o assassinato, o delegado afirmou em entrevista, diante da família de Marielle Franco, que a polícia adotaria todas as medidas “possíveis e impossíveis” para dar uma resposta ao assassinato.
“Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia”, disse à época.
Apuração e expulsão de Chiquinho Brazão 51x5l
O presidente do União Brasil Nacional, Antonio de Rueda, informou que pedirá a abertura de processo disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão, envolvido no caso.
Ele disse ainda que existe possibilidade de ocorrer a expulsão de Chiquinho e também o cancelamento de filiação partidária do deputado.
Mesmo filiado, o deputado já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma autorização para se desfiliar.
“O União Brasil reunirá a sua Comissão Executiva Nacional na próxima terça-feira, dia 26 de março. O Estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência”, disse Rueda em nota.
*Com informações da Agência Brasil e do portal R7