“Onde há fumaça, há fogo”. Foi o que me respondeu uma fonte, quando questionada sobre a suposta demissão do delegado-geral de Polícia Civil, Laurito Akira Sato. Os rumores surgiram na sexta-feira (1º), acompanhados do silêncio no que diz respeito às manifestações oficiais do governo do Estado de Santa Catarina.

Diante do contexto de instabilidade nas informações, decidi ter uma posição mais conservadora e esperar os desdobramentos. Outros colegas cravaram a informação mais cedo. Pouco antes das 23h, publiquei no blog que, mesmo demissionário, Akira Sato continuava oficialmente no cargo.
Na edição desta sexta-feira (1º) do “Diário Oficial do Estado”, não há nenhuma publicação exonerando Sato, muito menos a nomeação de um novo chefe da Polícia Civil. Pelo contrário, Akira Sato assina documentos oficiais com decisões istrativas relacionadas ao cargo.
Informações desencontradas
Estava prevista a divulgação de uma nota oficial ainda na sexta-feira, mas a emissão do comunicado foi adiada para o sábado. Inclusive, com o anúncio do nome do novo delegado-geral.
Também neste ponto, muitas informações desencontradas. Uma primeira apuração dava conta da escolha de Marcos Ghizzoni Júnior, que já ocupou o posto no governo Eduardo Moreira (MDB) e foi o adjunto no governo Raimundo Colombo (PSD), depois foi lotado na Controladoria-Geral da Assembleia Legislativa. Mais tarde, surgiu o nome de Rafaello Ross, que responde pela delegacia de Mafra.

Suspeita de escândalo paira no ar 2r446o
Por mais que não seja oficial, é corrente nos bastidores que Laurito Akira Sato deve deixar o cargo. O delegado teria se sentido coagido com um pedido para substituir o coordenador das Delegacias Especializadas no Combate à Corrupção da Polícia Civil, Rodrigo Schneider, que estava à frente de investigações no caso de suposta corrupção em uma licitação no Porto de São Francisco do Sul.
Na esteira dos acontecimentos, o deputado estadual Ivan Naatz (PL) anunciou que pretende convocar Akira Sato, ou seu sucessor, para explicar este fato. Naatz falou em “uma empresa de coronéis para fraudar o governo”.

Silêncio continua
Até a postagem deste texto, no início da tarde de sábado, o governador Carlos Moisés (sem partido) não havia se manifestado sobre o caso.
Decidi entrar no caso e postar na noite de sexta e nesta tarde de sábado porque realmente faz sentido o que disse a fonte: “onde há fumaça, há fogo”.