O soldado reformado Manoel Leopoldo da Rosa completa 102 anos nesta quinta-feira (4), quando recebe a Medalha da Vitória, honraria concedida pelo Ministério da Defesa. Manezinho, pracinha do Exército brasileiro na 2ª Guerra Mundial, Manoel chegou a ser chamado para defender o país e se preparou para isso, mas o anúncio de rendição dos nazistas, em 8 de maio de 1945, impediu sua ida para o conflito.
Medalha da Vitória e diploma serão entregues ao soldado reformado Manoel Leopoldo da Rosa, que completa 102 anos nesta quinta (4) – Foto: Divulgação/NDHonrado pela medalha e diploma que receberá, Manoel, que é adorador do Exército, colocou a antiga farda no sol e pediu aos familiares para comprarem um sapato novo. A homenagem será a partir das 11h, no 63º Batalhão de Infantaria, no Estreito, em Florianópolis.
No convite para a cerimônia, o general Márcio Cossich Trindade, comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, esclarece que a honraria será entregue em distinção e reconhecimento do país pelo cumprimento de suas missões constitucionais. Durante a 2ª Guerra, O Brasil enviou mais de 25 mil praças ao conflito – mais de 400 não retornaram.
“Em Santa Catarina temos apenas dois pracinhas vivos. Essa idade do seu Manoel não é brincadeira, ainda mais na vivacidade que ele está. Seu Manoel está muito bem”, disse o coronel André Felipe Hee Terra do Amaral, chefe da comunicação do Exército de Santa Catarina, que visitou recentemente a casa do soldado Manoel, na Praia do Forte, Norte da Ilha.
O coronel André Felipe Hee Terra do Amaral visitou a casa do soldado Manoel – Foto: André Felipe Hee e Manoel Leopoldo da RosaMedalha da vitória 1x2v6b
A Medalha da Vitória é tradicionalmente entregue no dia 8 de maio. Os alemães se renderam um dia antes, mas em boa parte da Europa a 2ª Guerra acabou no dia 8. Por isso, neste dia, os países aliados, em todo mundo, fazem solenidades pela data. Este ano, o Exército abre uma merecida exceção ao pracinha manezinho, antecipando a entrega para o aniversário de Manoel.
O soldado reformado até teve a opção de receber a honraria em casa, considerando a idade avançada, mas pediu disse que “ficaria muito feliz, seria um sonho, se pudesse receber a honraria no pátio onde fui formado, fui soldado e onde estava pronto para defender o meu país”. Além dos familiares do homenageado, 250 a 300 militares devem participar da solenidade.
