A irmã de Jéssica Elias da Rosa, assassinada brutalmente em Braço do Norte, no Sul catarinense, contou detalhes do processo de luto da família ao ND+. A jovem, de 23 anos, deixou dois filhos de 5 e 8 anos. Ela era descrita por familiares como “carinhosa” e “guerreira”.
Jéssica desapareceu no dia 21 de janeiro e seu corpo foi encontrado na última quinta-feira (23). Segundo a Polícia Civil, a jovem foi sequestrada e morta pela ex-sogra e a atual namorada do ex, entre outros investigados.

Conforme a irmã da vítima, Talita Elias, Jéssica era uma pessoa maravilhosa. “Ela era carinhosa, tinha um sorriso doce e não guardava rancor de ninguém”, conta.
Talita revela também que a irmã era muito dedicada ao trabalho. “Dava tudo que podia para os filhos, não tinha medo do serviço”, diz. Além disso, tinha um apego com a família. “Vivia chamando a minha mãe de rainha, dizia que a amava muito”, conta.
Jessica deixou dois filhos, uma menina de 5 anos e um garoto de 8 anos. “A menina (filha) era muito apegada com a Jéssica, não desgrudava. A minha irmã gostava de arrumar o cabelo dela”, recorda.
Segundo a irmã, o filho mais velho ainda não sabe que a mãe morreu. “Vamos esperar a ajuda de um psicólogo pra contar, pois ele mora com a avó paterna”, revela.
“Já a caçula, nós explicamos que ela virou uma estrelinha e que não vai mais voltar de viagem. Ela chora muito pedindo pela mãe, diz que está com saudades”, explica.
Angústia por dois meses 6u5ze
A família também contou o sofrimento que viveu durante os dois meses em que Jéssica ficou desaparecida. “Foi uma agonia, não sabíamos o que tinha acontecido, tinham muitas informações de que ela estava em lugares diferentes”, fala.
“Mas, durante esses meses, tínhamos esperança de que ela poderia estar viva. Agora, lidar com o luto não está sendo fácil. A falta dela é dolorida demais. É difícil ver como minha mãe está, sem ânimo, inconsolada”, fala Talita, com emoção.

Relembre o caso 6r6f37
Segundo a Polícia Civil, Jéssica foi torturada por dias pela ex-sogra e a atual namorada do ex, e depois morta com um mata-leão pelo companheiro da ex-sogra. Todos estão presos.
A investigação ainda aponta a participação de uma quarta pessoa no crime. Este suspeito teria sido responsável por ajudar a ocultar o corpo de Jéssica.
A polícia investiga também a hipótese de que o ex de Jéssica possa ter sido o mandante do crime. “[O companheiro da ex-sogra] disse que a atual namorada não fazia nada sem o consentimento dele. Ela era submissa a ele”, relatou a delegada.
O IGP (Instituto Geral de Perícias) está analisando os celulares dos suspeitos. O assassinato pode ser enquadrado como feminicído caso a investigação comprove que o ex-companheiro de Jéssica foi mandante do crime.
Os familiares fazem um apelo para que a justiça seja feita. “Só o que queremos é justiça. Foi cruel demais a forma como assam ela”, diz a irmã.