A professora Fernanda Kempner considera que o colegiado superior de segurança pública implantado no início do governo Carlos Moisés, que inovou a gestão da área ao adotar um rodízio no comando, é um modelo a ser seguido pelo país.
“As instituições aram a fazer um trabalho integrado, conhecem e confiam no trabalho do outro”, afirma Fernanda, referindo-se à Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros.
Essa é a principal conclusão da tese de doutorado que será defendida no dia 20 de julho no programa de pós-graduação em engenharia e gestão do conhecimento na UFSC.
O que chamou a atenção no novo modelo de gestão da segurança pública implantado em segurança pública?
Estudo a governança multinível desde 2017, que é um modelo de governança entre vários países na União Europeia. É chamada assim porque não há hierarquia entre os integrantes. E começamos a estudar entre organizações.
Acredito que o governador Carlos Moisés não tinha ciência desde modelo teórico que já existia e ei a acompanhar, desde maio de 2019, o colegiado de segurança implantado em Santa Catarina.


Quais as principais conclusões da sua tese de doutorado? Podemos dizer que esse modelo implantado em Santa Catarina é exemplo a ser seguido no país?
Sim, é exemplo a ser seguido. A principal conclusão da tese de doutorado é essa, que é um modelo que pode ser replicado para todas as secretarias de segurança do país.
Compartilhei essas informações, na semana ada, em reunião virtual, com um grupo da Casa Civil do Palácio do Planalto.
A própria Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) – vinculada ao Ministério da Justiça) – já recomendou esse trabalho em redes. É possível aplicar em outros Estados, com respeito, é claro, às especificidades locais.

Quais são as principais vantagens?
Trazer para a mesma mesa os principais atores que trabalham com a segurança pública. Antes chegamos a ter secretários que nem entendiam muito bem da pasta e agora as instituições aram a fazer um trabalho integrado, conhecendo e confiando no trabalho do outro. Hoje as instituições se conhecem e se respeitam e isso gera os resultados.