Na última sexta-feira (10), um caso de maus-tratos contra animais chamou a atenção no município de Apiúna, no Médio Vale do Itajaí. Isso porque, de acordo com a Polícia Civil, o dono do cachorro teria agredido o cão por mais de uma hora. O motivo? O animal teria mordido um maço de cigarros do dono.

Diante da denúncia, do relato de testemunhas e da cena que a Polícia Civil encontrou quando chegou a residência, o cão foi levado para uma clínica veterinária para receber atendimento médico. Os veterinários atestaram uma possível fratura em um das patas do animal, além de o cão estar mancando de uma das patas, com cicatrizes pelo corpo, presença de pulgas, frequência respiratória e cardíaca elevadas, desidratação leve e estar visivelmente assustado.
Na tarde desta segunda-feira (13), a reportagem do Portal ND+ entrou em contato com a Polícia Civil de Apiúna para saber qual o destino do cão e foi informada que ele ainda está internado na clínica veterinária, mas quando receber alta será enviado para adoção responsável.
Polícia foi acionada por testemunhas que ouviram o cão gritar e chorar. – Vídeo: Polícia Civil de Apiúna/ND
O caso 6p582a
Quando a denúncia chegou para a Polícia Civil, na última sexta-feira (10), uma equipe se deslocou até o local e, conforme a polícia “se depararam com um cenário deplorável, em que o animal, em razão das agressões, não conseguia nem mesmo andar”.
A equipe percebeu que o animal estava mancando em uma das patas, que estava com possível fratura e que ele apresentava uma série de outras cicatrizes pelo corpo, além de estar visivelmente assustado.
Uma das testemunhas relatou que o dono do cão o havia agredido por cerca de uma hora sem parar e que, mesmo há dois andares de distância, conseguia ouvir o choro e gritos do animal. A testemunha ainda relatou que questionou o dono do cachorro sobre as agressões e ele informou que estava batendo no cachorro pois o animal teria roído a sua carteira de cigarros e que ele continuaria a espancar o animal.
Outra testemunha confirmou as agressões e ainda informou à polícia que o tutor do cão tinha o hábito de bater no animal como forma de “corrigir” atitudes que ele considerava erradas.
O dono do cachorro foi conduzido à Delegacia de Polícia e confirmou as agressões ao animal. Ele ainda teria se manifestado arrependido, alegando que “dessa vez teria exagerado”.
O homem recebeu voz de prisão pela prática do crime de maus-tratos a animais, cuja pena máxima é de cinco anos de prisão. Ele foi encaminhado à Unidade Prisional Avançada de Indaial, onde se encontra à disposição da justiça.