O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, usou as redes sociais para mostrar o momento que um abrigo de radiação, na usina nuclear de Chernobyl, foi atingido por um míssil. Segundo o líder ucraniano, estrutura foi construída pelo governo, em parceria com países da Europa, América e outras partes do mundo, para garantir a biosegurança da população mundial.
Vídeo do momento em que Usina Nuclear de Chernobyl é atingida foi compartilhado no X pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy – Foto: Volodymyr Zelenskyy/@ZelenskyyUa/XZelenskyy atribuiu o ataque à Rússia, país com o qual a Ucrânia vive em guerra desde 2022. O míssil atingiu o abrigo da 4ª unidade de energia da Usina Nuclear de Chornobyl, afirmou o presidente da Ucrânia na madrugada desta sexta-feira (14), através do X (antigo Twitter).
Segundo o presidente, as chamas na usina nuclear de Chernobyl foram extintas e, até o momento, os níveis de radiação não aumentaram na região e estão sendo monitorados pelo governo ucraniano. “Esta é uma ameaça terrorista para o mundo inteiro”, disse Zelenskyy no X.
Veja momento em que míssil atinge usina nuclear de Chernobyl 1r194v
De acordo com as avaliações do governo ucraniano, os danos ao abrigo da usina nuclear de Chernobyl são significativos. A estrutura evita o vazamento de radiação e, consequentemente, evita a exposição de pessoas e estruturas à energia nuclear.
Gravação mostra momento que abrigo foi atingido e estragos causados pelo míssil – Vídeo: Volodymyr Zelenskyy/@ZelenskyyUa/X
“Todas as noites, a Rússia realiza tais ataques à infraestrutura e às cidades da Ucrânia. A Rússia continua a expandir seu exército e não mostra nenhuma mudança em sua retórica perturbada e anti-humana do estado”, criticou Zelenskyy.
Por que os danos causam riscos à população mundial? 492o61
A usina nuclear de Chernobyl foi palco do maior acidente nuclear da história mundial. Em 1986, um dos reatores explodiu e causou a morte instantânea de 30 pessoas.
Usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia – Foto: Reprodução / YoutubeAlém disso, quase 340 mil pessoa, que moravam em um raio de 30 quilômetros do local, precisaram ser evacuadas por causa dos altos níveis de radiação registrados à época, principalmente na Polônia, Áustria, Suécia e Bielorrússia.
Desde 2015, os reatores estão em descomissionamento — processo para reduzir as atividades de uma estrutura até o fim de sua vida útil — e apenas cientistas continuam trabalhando para observar a situação do nível de radiação, que ainda existem na área.
