O piloto e empresário Mikael Joaquim Minatti, morto no último domingo (4) em Itapema, momentos depois de o ultraleve que guiava cair, foi sepultado em Nova Trento com homenagens. Helicópteros e aviões sobrevoaram o velório e proporcionaram uma chuva de flores. Os tributos foram feitos por amigos, e ele era considerado um ‘herói’ por muitos.

Um dos lugares gratos a Mikael é São João Batista. Em dezembro de 2022, ele teve atuação crucial durante o resgate de vítimas da pior enchente da história da cidade. Por conta disso, o município decretou luto oficial de três dias em respeito ao acontecimento.
“Ao tomar ciência da gravidade da situação, foi um dos primeiros a utilizar seu helicóptero em resgates aéreos, além de solicitar apoio a outros pilotos”, escreveu a prefeitura em manifestação.
“Também ajudou levando equipes médicas e de resgate a pontos iníveis por terra”, continuou a istração municipal, citando outros feitos de Mikael. “Nossa solidariedade a familiares, amigos e todos enlutados por esta irreparável perda”.
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O piloto deixou em vida seu filho, os pais, duas irmãs e a namorada. Nos vídeos das homenagens e no perfil dele, a comoção foi imensa. “O céu está em festa”, escreveu uma usuária. “Coração gigante, nos deu uma recepção ‘top’ em sua casa”, comentou um vereador que o conhecia.
A população de São João Batista também prestou homenagens a Mikael. “Sempre gratos por tudo o que fez. O céu celestial precisava de você”, disse uma habitante do município. “Para quem ou pela enchente de 2022, sabe o quanto foi importante sua ajuda”, comentou outro morador.

Relembre como foi o acidente com o piloto 2r35x
O ultraleve que Mikael pilotava caiu em Itapema por volta das 10 horas da manhã do dia 4 de fevereiro, a cerca de 200 metros da faixa de areia. Na ocasião, ele e sua namorada, que estavam na aeronave, foram retiradas da água em estado estável.
Os guarda-vidas do posto 5 avistaram a queda e, segundo o próprio piloto, o motor da aeronave parou de funcionar e ele precisou fazer um pouso forçado.
Conforme o CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina), ainda no local do acidente, Mikael recusou o atendimento dos socorristas e voltou para casa.

Por volta das 13h, os bombeiros foram chamados novamente para atendê-lo. Quando chegaram no local, o piloto estava deitado em uma cama em parada cardiorrespiratória, já com sinais de cianose nos dedos e lábios.
A guarnição levou Mikael às pressas para o Hospital Santo Antônio, mas ele não resistiu e faleceu. Conforme fontes internas do hospital, a equipe médica identificou uma hemorragia, provavelmente uma complicação do acidente ocorrido pela manhã.