Um universo do trabalho tem ocupado cada vez mais território em Florianópolis. Pode ser numa sala pequena ou no andar inteiro de um prédio. A capital catarinense é a cidade brasileira com mais empresas de tecnologia (5,1) por mil habitantes.

Segundo o presidente da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), Iomani Engelmann, “temos mais de 17 mil empresas só no setor de tecnologia. O setor faturou só no ano ado mais de R$ 20 bilhões. Nós somos o segundo Estado em maior número de transações (fusões e aquisições) foram mais de R$ 10 bilhões de investimentos trazidos para o estado de Santa Catarina e um emprego de alta renda. A média salarial do setor de tecnologia hoje tá acima de R$ 4 mil e há uma demanda crescente por mão de obra”.
Além da Capital, o mercado tecnológico cresceu em todo o estado nos últimos cinco anos, cerca de 65%. A pandemia contribuiu muito para isso, acelerando o processo de digitalização de vários setores, entre eles o da saúde. Por ano, o número de empresas de tecnologia focadas nessa área cresce em média 40% em Santa Catarina.
Desde 2009, a Acate tem uma vertical de negócios que conecta empresas desse segmento. Especialistas e parceiros buscam juntos gerar impacto e mudanças sociais pelas mais diversas soluções.
“Às vezes, nós estamos falando de uma startup, de uma empresa embrionária, que ainda não conhece o modelo para chegar na pessoa que tem poder de decisão. Como nós somos uma associação estruturada, a gente tem o hoje a qualquer liderança da área da saúde. Então, eu consigo pegar aquela tecnologia embrionária, que vai fazer uma grande entrega na área da saúde e colocá-la na mesa de quem tem poder de decisão dentro do hospital”, explicou o diretor da Vertical Saúde da Acate, Walmoli Gerber Júnior.
Ricardo Sempre Bom desenvolveu uma ferramenta que conecta pacientes a atendimentos especializados em saúde. Pelo aplicativo, agendamento rápido e até 70% de desconto. Após a grande adesão em Florianópolis, a meta é expandir o negócio para clínicas Brasil afora.
“Agora que a gente validou o produto, são dois anos em testes aqui na Grande Florianópolis, a nossa ideia é expandir na região. Já temos demanda em São Paulo, nos solicitando. Recebemos recentemente até de Goiás”, disse Ricardo, que é diretor da Startup Sarar.
A solução foi eficaz para recuperar os atendimentos nessa clínica, que diminuíram consideravelmente durante a pandemia. Além de praticidade para o paciente, o serviço economiza tempo da equipe.
De acordo com Luciano da Rocha Fogaça, gestor de uma clínica, “por aplicativo, com tecnologia, a gente atende melhor, atende mais pacientes ao mesmo tempo, o custo diminui e eu consigo dar uma qualidade de atendimento maior aos meus clientes e pacientes. É um caminho sem volta. A gente consegue ver que no futuro o número de ligações vai ser muito pequeno. Todo mundo tem celular, computador, tablet e as pessoas querem ser atendidas por ali”.
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