O Litoral Sul de Santa Catarina foi atingido por um tsumani meteorológico na madrugada desta segunda-feira (2). O mar avançou na orla no município de Jaguaruna, principalmente na região de Esplanada. Estragos foram registrados, como a queda de muros residenciais.
Segundo o climatologista da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) de Urussanga, Márcio Sônego, os ventos mais fortes, com chuva, ocasionaram o fenômeno climático na região.
“A pressão atmosférica caiu muito. A lua nova também é forte, então, associou com essa agem da frente fria, a maré alta ficou ainda mais alta e causou essa onda que pegou Esplanada, Campo Bom e Copa 70″, pontua o especialista ao ND Mais.
Veja o momento em que a água avança
Outros registros de tsunami meteorológico na região
O climatologista ainda relembra que, nos últimos oito anos, o Litoral Sul de Santa Catarina teve, pelo menos, outros dois registros de tsunami meteorológico. O mais recente foi na Praia do Cardoso, em Laguna, há pouco mais de um ano.
Na ocasião, o mar avançou na orla e atingiu carros que estavam estacionados. Um vídeo mostra o momento em que a água invade a beira-mar e assusta os banhistas. Relembre:
Moradores registram momento em que mar ‘engole’ carros na orla da praia em tsunami meteorológico – Vídeo: Redes Sociais – Divulgação/ND
Sônego ainda ressalta que, em 2016, o fenômeno também atingiu as localidades de Torneiro, Barra Velha e Ilhas. Carros foram carregados pelo mar. “Também era a agem de uma frente fria. Teve ventania e danos em toda a região”, finaliza o especialista.
Defesa Civil confirma o fenômeno na região
Segundo a Defesa Civil, o fenômeno, conhecido como tsunami meteorológico, é raro e difícil de prever. A estação maregráfica de Balneário Rincão, cidade vizinha, registrou um aumento momentâneo da maré de um metro em um curto intervalo de tempo, associado a esse evento.
O fenômeno pode ser claramente diferenciado de ressacas ou agitações marítimas, uma vez que os modelos não indicavam mar agitado nem maré alta. Além disso, no momento da ocorrência, uma intensa Linha de Instabilidade estava presente no Litoral Sul, coincidente com o avanço do mar, o que permite classificar o evento como um tsunami meteorológico.