Dois meses após o deslizamento que deixou duas pessoas mortas e interrompeu o trânsito por quase dez dias na BR-376, perto da divisa entre Paraná e Santa Catarina, os motoristas seguem enfrentando longas filas para transitar entre os dois Estados.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), no trecho do deslizamento, no km 668, uma faixa está liberada em cada sentido, enquanto uma terceira é reversível, usada para o sentido de maior movimento conforme avaliação da Arteris Litoral Sul, concessionária que istra a rodovia.
Antes do deslizamento, havia três faixas liberadas em cada sentido no mesmo trecho. Diante da restrição, longas filas de formam no local: na manhã de quinta-feira (26), por exemplo, houve congestionamento de 20 quilômetros no sentido Norte e de nove quilômetros no sentido Sul.
Liberação de mais duas faixas está prevista para janeiro 3v3n43
No fim de dezembro, quando o deslizamento completava um mês, a Arteris Litoral Sul informou que pretendia aumentar gradativamente a capacidade de tráfego no km 668 nas semanas seguintes.
No plano de ação, a previsão era liberar outras duas faixas na pista Norte em 30 dias, ou seja, até o fim de janeiro. Contudo, até esta sexta-feira (27), seguem apenas três faixas disponíveis no local.
Confira o que disse a concessionária em nota:
A Arteris Litoral Sul segue com seu plano de ação para o aumento gradativo da capacidade de tráfego no km 668,7 da BR-376/PR. As intervenções já feitas no local permitem a redução gradual do tempo de viagem dos motoristas, inclusive com benefícios para a temporada de verão, mantendo como prioridade máxima a segurança dos usuários e dos trabalhadores que atuam no trecho. Atualmente, há três faixas liberadas, uma no sentido Florianópolis e outra em direção à Curitiba, sendo a terceira reversível para um dos lados de acordo com o volume de tráfego.
Em relação à pista Norte (sentido Curitiba), no início de fevereiro, a concessionária planeja a liberação de mais uma faixa. No local, existe uma cortina de concreto que também foi atingida pelas fortes chuvas de 28 de novembro e, neste momento, equipes atuam para realizar o serviço de concreto projetado. Após essa primeira etapa, será feita a instalação de telas de metal e aplicação de pedras, processo conhecido como “terramesh”. Esse trabalho será totalmente concluído até o fim deste primeiro semestre.
Na pista Sul (sentido Florianópolis), a Arteris Litoral Sul já instalou uma tela dinâmica para proteção de usuários e está atuando para estabilização e contenção definitiva da encosta onde houve o deslizamento no dia 28 de novembro. A previsão é que a obra seja finalizada no início do segundo semestre deste ano.
É importante lembrar que as mudanças na operação parcial da rodovia serão informadas ao o que as obras evoluírem e que a concessionária segue monitorando todas as encostas localizadas na área de concessão do trecho, o que inclui os taludes do km 668,7.
O deslizamento 2l5v49
O deslizamento no km 668 da BR-376 ocorreu no dia 28 de novembro, após dias de forte e volumosa chuva na região. Um primeiro deslizamento já havia sido registrado durante a tarde, até que à noite, por volta das 19h, uma queda de encosta arrastou os veículos que estavam na rodovia.

Dois caminhoneiros que tiveram seus caminhões arrastados morreram: João Maria Pires e Marcio Rogério de Souza. Outras pessoas conseguiram sair do local sozinhas ou foram resgatadas e encaminhadas a unidades de saúde sem ferimentos graves.
A Dedetran (Delegacia de Delitos de Trânsito) do Paraná abriu inquérito para apurar as responsabilidades a respeito do deslizamento na BR-376.