
O triatlo exige que o atleta esteja preparado para nadar, pedalar e correr, nesta ordem, mas no Ironman essa distância aumenta consideravelmente. Fabiano Fernandes, de Curitiba, está em Florianópolis para a prova após ar por uma verdadeira maratona pela saúde.
No período da pandemia, Fabiano foi acometido pela Covid-19 e precisou ser internado no hospital para lutar pela vida. Ainda não era uma prova de triatlo, mas teve que ser forte para aguentar e recomeçar a jornada para se tornar um dos mais de 2 mil atletas que encaram 3.800m de natação, 180km de bicicleta e 42.195m de corrida.
O início no esporte foi como um auxiliar, ajudando na montagem das provas, entregando águas aos competidores. Depois, vendo que era possível, enxugou alguns quilos, ou a se dedicar aos treinos e foi tentar.
“Eu há alguns anos participei de provas de Ironman como staff e aquilo me incentivou pra que um dia eu particie. Eu estava acima do peso e aquilo me entusiasmou, na época eu estava pesando 130kg e nem a camiseta da organização servia. Eu botei na cabeça que um dia iria me preparar e fazer a prova e em 2022 eu consegui realizar o sonho”, conta.
Triatleta pela Ilha 2l35l
Na Beira-Mar Norte, local em que deve cruzar de bicicleta por duas vezes a prova no domingo – o início é 6h45 de domingo em Jurerê In -, Fabiano relatou também como foi o processo no hospital e a luta para poder sair de lá vivo.
“Mas bem antes de 2022 eu fui pego de surpresa e tive Covid-19, fiquei sete dias na UTI internado, com uma situação complicada, mas venci essa etapa e me inscrevi para realizar a prova. Depois que eu sobrevivi à questão da UTI, eu me inscrevi na prova sem pensar no tempo de conclusão, já que a gente tem 17 horas para terminar a prova. A mais difícil é a natação, por conta da respiração, e a modalidade que mais me identifico é o ciclismo”.

O triatleta catarinense Igor Amorelli, um dos grandes nomes do triatlo brasileiro, ficou em segundo na prova do ano ado com tempo de 8h21min22seg. Para Fabiano Fernandes, o tempo ‘é relativo’ no Ironman. A felicidade está em completar a prova.
“É a terceira prova em Florianópolis e cada ciclo de Ironman é diferente. Eu estou mais confortável, tranquilo, sem buscar tempo e para concluir a prova. “A sensação de cruzar a linha é a melhor do mundo. A gente, como triatleta, chega na Avenida Búzios (Jurerê) e tem 2km pela frente para imaginar que está cruzando o tapete. Mesmo que você esteja cansado aquela dor desaparece, você vê a torcida, a família, a galera e a força contagia”, conta.