4 lugares para praticar rapel em Santa Catarina 2gz3z

Morros, cânions e cachoeiras são apenas alguns dos locais onde se pode fazer rapel no Estado; saiba onde praticar 18 novembro 2023 às 17h21 9 Minutos Patricia Stahl Gaglioti Enviar no WhatsApp 4k1h21

Com uma grande riqueza natural da qual fazem parte morros, montanhas, cânions e cachoeiras, Santa Catarina tem excelentes cenários para a prática de esportes radicais. Entre eles, aquele que consiste em descer um paredão rochoso, uma cachoeira ou vãos livres utilizando uma corda: o rapel.

Foto de uma prática de rapel ao lado da Cachoeira da Cortina, em Timbé do Sul. A foto foi tirada de cima da cachoeira. No canto esquerdo, aparece parece da queda d'água. Ao lado, três pessoas descem por cordas e ao redor aparecem árvores. Rapel na Cachoeira da Cortina, um geossítio em Timbé do Sul – Foto: Raul Bordignon

No Estado, várias empresas operam a prática em suas diferentes modalidades, que incluem o rapel clássico (com os pés na rocha), o suspenso (sem apoio para os pés), o cachoeirismo e também o feito em vãos livres de estruturas urbanas. Em qualquer caso, antes de praticar é necessário estar equipado com todos os itens de segurança certificados e ar por instruções de uso.

Ter um bom condicionamento físico e mental são fundamentais para praticar rapel. Para quem deseja iniciar, mas tem medo, algumas modalidades são mais fáceis, além de ser sempre possível ir na companhia de um instrutor.

O rapel pode ser um bom esporte para quem deseja se desafiar, ter novas experiências com a natureza e ganhar boas doses de adrenalina e diversão, desde que feito com segurança e responsabilidade. Os resultados da prática podem ser animadores.

Separamos para você quatro locais onde é possível praticar rapel em diferentes regiões de Santa Catarina. Em cada um deles, contamos como funciona, qual nível de dificuldade e faixa de preços. Confira a seguir e prepare-se para descer pela corda!

1. Rapel na Ponta do Vigia (Penha) 5ot3j

Foto de rapel na Ponta da Vigia, em Penha. No centro da foto aparecem dois homens com bermuda, camiseta verde, capacetes e luvas, amarrados em duas cordas. Eles fazem sinal para foto. Atrás deles uma grande rocha e uma parte do mar. O rapel em Penha ocorre em um paredão rochoso com vista para o mar – Foto: Edson Silveira/@graciosaterra/Divulgação

A Ponta da Vigia é um dos locais onde se tem uma bonita vista das paisagens de Penha, que além do maior parque temático da América Latina – Beto Carrero World – tem muitas atrações naturais e esportes radicais para se praticar por lá. Um deles é o rapel.

Nesta cidade do Litoral Norte de Santa Catarina, o rapel é praticado ao lado do mirante de madeira em cima do morro da Ponta da Vigia. O aventureiro desce 20 metros de paredão rochoso, tendo o oceano como testemunha. É possível praticar ali bem na hora do pôr do sol, o que deixa o cenário alaranjado e ainda mais encantador.

O rapel na Ponta da Vigia é considerado de nível fácil e bom para quem é iniciante. A descida leva de cinco a dez minutos e caso a pessoa não se sinta muito segura, pode descer acompanhada de um instrutor, ambos usando os devidos equipamentos de segurança.

Uma das empresas que operam o rapel em Penha é a Graciosa Terra. Para praticar, é necessário agendar previamente e o ideal é que no mínimo duas pessoas fechem a experiência.

Nível de dificuldade: fácil.
Faixa de preço: R$ 135 por pessoa.
Como chegar: a Ponta da Vigia fica a oito quilômetros do Centro de Penha. O o até lá a pela Praia do Trapiche e pela Praia Grande. O último 1,5 quilômetro é de estrada de chão e estreita, mas possível de ser percorrido por carros comuns.

2. Cachoeira Paulista (Doutor Pedrinho) 66w39

Foto da Cachoeira Paulista, em Doutor Pedrinho. A queda d'água é larga e cai sobre um paredão rochoso laminado. Ao redor há árvores e vegetação. A água cai em algumas rochas e um homem de costas para a foto observa a cachoeira. Cachoeira Paulista é o principal ponto para fazer rapel em Doutor Pedrinho – Foto: Prefeitura Municipal de Doutor Pedrinho/Divulgação

A Cachoeira Paulista é um dos principais pontos turísticos da cidade de Doutor Pedrinho, no Médio Vale do Itajaí. Suntuosa, ela escorre de uma altura de 42 metros por cima de um paredão laminado, onde não raro tem alguém praticando rapel.

De todos os locais onde se pode praticar em Doutor Pedrinho, esse é o mais comum. Ali, o rapel é o chamado suspenso ou “negativo”, o que significa que a pessoa praticamente não apoia os pés nas rochas. A vantagem é que sem precisar se preocupar onde pisar (o que requer mais habilidade), é possível desfrutar melhor a paisagem.

A vista da descida é especial. De frente para si, a pessoa tem o paredão rochoso. Ao lado está a cachoeira e ao redor de tudo a vegetação, que podem ser contemplados de perto pelos cerca de 20 minutos que leva até se chegar ao chão.

O praticante pode descer sozinho ou acompanhado de um instrutor, caso necessite. O sistema é redundante, o que significa que a pessoa desce com duas cordas, sendo uma delas controlada pela equipe de operação da Ativa Aventuras, empresa que realiza o rapel ali.

A Cachoeira Paulista fica dentro de um parque de mesmo nome que conta com outros atrativos. Entre eles, há uma tirolesa que a por cima da queda d’água, um mirante de observação e em datas pré-estabelecidas tem até rope jump (parecido com o salto de pêndulo). Além disso, há trilhas, restaurante, chalés e área de camping.

Além dessa cachoeira, também é possível praticar rapel na Cascata Salto Donner (ideal para iniciantes) e na Gruta Nossa Senhora de Fátima. Em qualquer um dos locais, é necessário agendar com antecedência. Na Paulista o rapel ocorre com no mínimo quatro pessoas confirmadas.

Nível de dificuldade: média.
Faixa de preço: R$ 140 por pessoa (incluindo equipamentos e seguro) e R$ 20 entrada para o parque.
Como chegar: a Cachoeira Paulista fica dentro do Parque Cachoeira Paulista, na localidade de Alto Capivari, a cerca de 15 quilômetros do Centro da cidade. O trajeto é pela BR-477 e cerca de oito quilômetros de estrada de terra.

3. Rapel na Cachoeira da Cortina (Timbé do Sul) 1f1l4q

Rapel na Cachoeira da Cortina, em Timbé do Sul – Vídeo: Raul Bordignon

Uma das principais atividades econômicas de Timbé do Sul é o turismo ecológico. Localizada no Sul de Santa Catarina e aos pés da Serra Geral, a cidade tem em seu território cânions, rios e cachoeiras que são grandes atrações.

É em uma das quedas d’água do município, na Cachoeira da Cortina, que aventureiros costumam praticar rapel. São 52 metros de altura de um paredão rochoso que é considerado um geossítio de Timbé do Sul, onde se pode observar (com a ajuda de guia especializado) camadas de rochas formadas pelo derramamento de lava vulcânica, em diferentes períodos geológicos da Terra.

O praticante desce amarrado pelas rochas históricas ao lado da cachoeira. A descida leva de 15 a 20 minutos e o nível de dificuldade varia de acordo com as condições climáticas, especialmente com a umidade do ambiente.

Quanto mais água tiver na cachoeira, mais desafiador fica o percurso, já que a rocha se torna mais escorregadia. De qualquer forma, a experiência é sempre acompanhada de um instrutor, por questões de segurança.

Ao final, a recompensa do rapel vem em forma de banho na piscina natural na base da queda d’água, especialmente em dias quentes.

Nível de dificuldade: de fácil a moderado.
Faixa de preço: A partir de R$ 150, incluindo equipamentos, seguro e registros fotográficos.
Como chegar: a Cachoeira da Cortina fica dentro de uma propriedade particular e área de proteção permanente, na localidade de Rocinha, a 10 quilômetros do Centro de Timbé do Sul. É possível á-la apenas na companhia de um condutor local. Dentro da propriedade, o percurso até a queda d’água é por uma trilha de nível fácil de 1,5 quilômetro.

4. Rapel na Cachoeira Abraão (Bom Retiro) 2ul1z

Foto de rapel na Cachoeira do Abraão, em Bom Retiro, na Serra Catarinense. Foto mostra um paredão rochoso com vegetação em cima e em baixo dele. Pelo paredão escorre uma fina cachoeira. Ao lado dela há uma corda laranja, presa a um homem que está no chão, ao fim da cachoeira. Rapel na Cachoeira do Abraão é do tipo negativo, quando a pessoa desce suspensa pela corda, sem tocar os pés nas rochas – Foto: Turistou.sc/Divulgação

Bom Retiro, na Serra, é outra cidade catarinense repleta de morros, montanhas e cachoeiras. É nela inclusive que está o ponto mais alto de todo o estado de Santa Catarina: o Morro Bela Vista do Ghizoni, com seus 1.823,59 metros de altitude. Mas fique tranquilo, não é nesta elevação gigante onde se desce de rapel.

A prática costuma ser feita na Cachoeira do Abraão, a cinco quilômetros do Centro de Bom Retiro. A descida ocorre ao lado dos 55 metros de altura da queda d’água e de frente para o paredão por cima do qual ela despenca como um chuveiro natural.

O rapel na Cachoeira do Abraão também é negativo, com a pessoa praticamente o tempo inteiro suspensa, sem a necessidade de prestar atenção onde pisar. Apenas no início da descida é que se toca os pés nas rochas, depois disso e pelos próximos dez minutos o que se tem a fazer é contemplar a paisagem e controlar a velocidade em que se desce.

Normalmente quem opera a velocidade é o próprio praticante, mas como o sistema é redundante, o instrutor também tem a todo o momento o controle do equipamento. Isso possibilita, por exemplo, que ele trave a corda e a pessoa solte as mãos para ser fotografada.

Para praticar rapel na Cachoeira do Abraão é preciso fechar um grupo mínimo de 10 pessoas e fazer o agendamento prévio. A empresa que opera a prática no local é a Turistou.sc.

Nível de dificuldade: fácil.
Faixa de preço: R$ 100 por pessoa (incluso equipamentos, seguro e taxa de o ao local).
Como chegar: a Cachoeira Abraão fica em uma propriedade particular na comunidade do Paraíso da Serra, a cinco quilômetros do Centro de Bom Retiro.

Itens de segurança, o que vestir e levar para prática de rapel 592a36

Os equipamentos básicos, que devem também ser certificados, para praticar rapel são oferecidos pelas operadoras e incluem a cadeirinha (cinta presa no quadril e pernas), mosquetão (argolas onde am as cordas), freio (para controle da velocidade), luva (para diminuir o atrito das mãos) e capacete (para proteger contra batidas).

Fora os equipamentos, o praticante também precisa estar com uma roupa adequada para a prática, principalmente calça comprida para proteção contra insetos e calçado fechado com boa aderência. Quando o rapel é praticado na natureza, em geral é necessário percorrer trilhas, o que requer levar também repelente e protetor solar.

Por questões de segurança, recomenda-se que não sejam usados órios como pulseiras, relógios e correntes. Mulheres de cabelo comprido devem prendê-lo.

Na mochila, tenha lanches como sanduíche, frutas e barras de cereal, como também água ou isotônicos. Certamente eles ajudarão na hidratação e a recompor as energias gastas, evitando mal-estar.

Idade e contraindicações para prática de rapel g623m

Algumas operadoras atendem menores de idade a partir dos sete anos e outros a partir dos 13, devidamente acompanhados de um representante legal. Antes de fechar o contrato, verifique com a empresa.

O rapel pode ser contraindicado em algumas condições de saúde, como pessoas com problemas cardíacos e que não tenham autorização médica, ou com lesões e limitações físicas, como problemas no joelho. Nestes casos, consulte um médico e peça informações para a operadora para saber sobre as condições da prática.

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