Leve na bagagem o conhecimento sobre práticas sustentáveis na produção de vinho 48826

Conheça três técnicas consideradas de baixo impacto ao ambiente: orgânica, biodinâmica e natural  19 fevereiro 2021 às 19h07 4 Minutos Conteúdo Especial, Enoteca Decanter Enviar no WhatsApp 3b4g65

Práticas sustentáveis podem resultar em vinhos de boa qualidade – Foto: DivulgaçãoPráticas sustentáveis podem resultar em vinhos de boa qualidade – Foto: Divulgação

Para sua viagem ficar completa, é bom incluir eios que unem diversão ao conhecimento. E a dica deste post vai para os amantes do vinho, com enfoque na sustentabilidade.

Aqui na ShowMe você encontra as melhores informações sobre turismo nas rotas por Santa Catarina. Em Florianópolis, a Enoteca Decanter é uma parada para enólogos ou simplesmente, para quem curte bebidas de excelente qualidade.

Com ajuda do conhecimento aprofundado do sommelier Sidney Lucas, pode-se saber mais sobre práticas que respeitam todo o ecossistema onde a produção está inserida.

Então, é hora de saber mais sobre três técnicas ecologicamente corretas na produção de vinho: orgânicos, biodinâmicos e naturais. Se você quer levar exemplos de boas práticas na bagagem, leia um pouco mais sobre o assunto.

Produção orgânica envolve toda a propriedade 1x5id

Produção orgânica é algo muito amplo, que precisa incluir toda a propriedade, tratada como um só organismo vivo. Aqui não se pode utilizar produtos sintéticos. Os cuidados naturalistas são utilizados em todo o processo. Por exemplo, insetos que possam prejudicar devem ser afastados com produtos naturais.

Para a prevenção de pragas, doenças fúngicas e bactérias, são utilizados meios alternativos de tratamento como água de cinza, sulfato de cobre, enxofre, cal virgem, sulfato de zinco, sulfato de potássio, entre outros.

Biodinâmica, uma relação respeitosa com o universo 3l4z18

Na produção biodinâmica, uvas e insetos fazem parte do processo em respeito à natureza- Foto: DivulgaçãoNa produção biodinâmica, uvas e insetos fazem parte do processo em respeito à natureza- Foto: Divulgação

A agricultura biodinâmica, adotada por muitas vinícolas em todo o mundo, inclusive por icônicos produtores de vinhos, tem como base as teorias de Rudolf Steiner, filósofo austríaco falecido em 1925. Sua intenção era contribuir para que a agricultura voltasse a desempenhar o papel social e cultural que perdeu durante o processo de industrialização de alimentos e a criação de animais em massa fora do seu ambiente natural.

Vinhedo biodinâmico da vinícola catalã Raventós i Blanc, icônico produtor espanhol – Foto: DivulgaçãoVinhedo biodinâmico da vinícola catalã Raventós i Blanc, icônico produtor espanhol – Foto: Divulgação

Para o filósofo, o humano, para ser perfeitamente equilibrado, precisa estar plenamente integrado ao ecossistema onde ele vive, sendo o mais natural possível. Este princípio considera a agricultura o alicerce de toda cultura por ser algo que tem a ver com todos, por isso o ponto central da produção biodinâmica é o ser humano numa relação respeitosa com o universo, ou seja, com todos os elementos naturais que o cerca (ar, água, terra, fogo).

Estudos divulgados pelo Instituto de Pesquisa para Agricultura Biológica da Suíça (FIBL), afirmam que os solos tratados naturalmente apresentam maior biomassa, maior diversidade de micro-organismos e maior capacidade de decomposição de matéria orgânica. É mais “vivo”, dinâmico e mais resistente aos patógenos de solo. Na biodinâmica, o vinhedo deixa de ser uma monocultura e se torna uma vasta e complexa rede de micro-organismos, insetos e animais trazendo equilíbrio ao meio. A semelhança entre o cultivo biodinâmico e orgânico é apenas a não utilização dos pesticidas, adubos sintéticos, etc.

Vinhos naturais, abrindo mão das tecnologias 4m1u12

Viñedos Alcohuaz, do Vale de Elqui no Chile, projeto do Enólogo Marcelo Retamal que produz apenas vinhos naturais – Foto: DivulgaçãoViñedos Alcohuaz, do Vale de Elqui no Chile, projeto do Enólogo Marcelo Retamal que produz apenas vinhos naturais – Foto: Divulgação

Os vinhos naturais são aqueles cujos produtores têm por conceito interferir o mínimo possível na elaboração, a transformação do sumo de uvas frescas que não tenham ado pelo processo de fermentação em vinho se dá sozinha, naturalmente, iniciada pelos açúcares naturais, em contato com as leveduras selvagens presentes nas cascas da fruta.

Exemplo chileno mostra que é possível alcançar a qualidade sem prejudicar o ambiente – Foto: DivulgaçãoExemplo chileno mostra que é possível alcançar a qualidade sem prejudicar o ambiente – Foto: Divulgação

Esta é uma maneira ancestral de produção, abrindo mão de quase todas (ou todas) as tecnologias disponíveis. O cultivo do vinhedo deve ser orgânico ou biodinâmico, proporcionando o aparecimento destes micro-organismos necessários para a fermentação. Estudos afirmam que algumas localidades ou vinhedos apresentam tipos de leveduras indígenas ou selvagens típicas, que só existem ali, dando caráter particular aos vinhos.

“A vinificação natural, quando bem-feita, atinge níveis altíssimos de qualidade e tipicidade, é a mais alta expressão do terroir que existe, portanto, são vinhos que precisam ser compreendidos. Talvez isto explique as muitas polêmicas existentes em torno deste tema”, diz o sommelier Sidney Lucas.

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