Não vá embora de São Francisco do Sul sem conhecer o Centro Histórico da cidade 6q645q

Dos casarões aos museus que contam a história do município, São Francisco do Sul é a terceira cidade mais antiga do Brasil 28 março 2022 às 08h00 3 Minutos Patricia Stahl Gaglioti Enviar no WhatsApp 61594s

Para além das belezas naturais que a ilha de São Francisco do Sul, no litoral Norte de Santa Catarina oferece, a cidade – que é a terceira mais antiga do Brasil –  tem muita história para contar. Por isso, se você está em São Francisco do Sul ou pretende visitá-la, não vá embora sem conhecer o Centro Histórico da cidade.

São Francisco do Sul é a terceira cidade mais antiga do Brasil – Foto: Alexandre Braga/Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul/DivulgaçãoSão Francisco do Sul é a terceira cidade mais antiga do Brasil – Foto: Alexandre Braga/Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul/Divulgação

Andando pelas ruas do Centro você descobre uma outra riqueza que não está apenas nas praias, na natureza e nas belas paisagens do município: está em sua história. Quer ver? Então, venha com a gente. Vamos começar pela Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça, na Praça Getúlio Vargas.

Esta é a igreja mais antiga de Santa Catarina. Desde o início do povoamento da cidade, lá em 1658, ela permanece no mesmo local. Foi a partir dela que se organizou o restante da ocupação do município. O primeiro prédio de alvenaria foi erguido por negros escravizados com pedras, cal de conchas e óleo de baleia.

Mas você sabia que sua primeira versão era feita de palha? Isso mesmo! Foi construída em 1553 por viajantes espanhóis que aportaram na cidade após uma tempestade em alto mar. A capela foi construída como pagamento de promessa à Nossa Senhora da Graça, que se tornou a padroeira da cidade. Seu dia é celebrado em 8 de setembro. Se estiver por São Francisco do do Sul nesta data, aproveite os festejos.

Dica extra: quando for visitar a igreja, observe em uma de suas janelas os detalhes da argamassa que foi deixada à mostra propositalmente. Pode até parecer insignificante, mas é um registro histórico. Dá para ver sua técnica construtiva com uso de conchas e pedras. Não é certo, mas sabem de onde essas conchas podem ter vindo? De alguns sambaquis da cidade, que são amontoados de conchas construídos por povos indígenas que viveram por lá há milhares de anos.

Inaugurado em 1900, o Mercado Municipal foi o principal centro de comercialização de produtos da cidade. Hoje, abra peixaria, mercearia,, loja de artesanatos e restaurantes, além de ser palco de apresentações do folclore, como o Boi de Mamão – Foto: Prefeitura de São Francisco do Sul/DivulgaçãoInaugurado em 1900, o Mercado Municipal foi o principal centro de comercialização de produtos da cidade. Hoje, abra peixaria, mercearia,, loja de artesanatos e restaurantes, além de ser palco de apresentações do folclore, como o Boi de Mamão – Foto: Prefeitura de São Francisco do Sul/Divulgação

Também não deixe de visitar também o Mercado Público Municipal de São Francisco do Sul. Construído lá por 1900, foi um importante entreposto comercial da cidade. Antigamente, o porto de São Francisco ficava ao lado dele, era por lá que paravam as embarcações portuguesas para se abastecer de água e alimento.

Falando em embarcações, outra parada obrigatória no Centro Histórico: Museu Nacional do Mar. Por lá, você encontra uma grande diversidade de embarcações de diferentes regiões do Brasil, cartas náuticas e até documentos da marinha portuguesa.

Mas também há outros museus no Centro, como o Museu Histórico de São Francisco do Sul e o Museu de Arte Sacra. Para além desses espaços, os casarões centenários são pura história. Enquanto estiver caminhando pelas ruas, repare na variedade de estilos arquitetônicos.

Há casas coloniais, típica influência portuguesa; outras com telhados inclinados, balaústres e lambrequins que anunciam a presença de povos germânicos e ainda os de inspiração moderna, simples e formal, da época de Getúlio Vargas.

É por isso que o Centro Histórico de São Francisco do Sul é Patrimônio Cultural tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). E é por tudo isso também que você não pode ir a cidade e não conhecer o Centro da cidade, que é pura história viva, preservada e ativa.

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