Depois de dois anos atípicos por conta da pandemia, é grande a expectativa sobre o verão 2022/2023 em Florianópolis.

Para muitos, será a “temporada da década”, com a volta dos turistas e a chance de recuperação dos setores de eventos e gastronomia, disparados os mais afetados pelos fechamentos provocados pela Covid-19.
As praias lotadas no fim de semana de Natal foram um termômetro das férias, mas a pergunta é se a Capital está pronta para dar conta da demanda nos próximos meses. A resposta é: sim e não!
Um ponto positivo é que, por orientação do prefeito Topázio Neto (PSD), as medidas para preparação da cidade – especialmente ações de zeladoria nas praias – foram antecipadas para evitar contratempos de última hora.
Além dessa varredura, a secretaria municipal de Segurança Pública reformulou o edital dos ambulantes, com uso de tecnologia para monitoramento dos serviços e fechou parceria com a Polícia Civil para cerco aos vendedores ilegais. A preocupação é com o impacto da decisão de dobrar o número de credenciados.
Sem grandes obras de infraestrutura nos últimos anos, no entanto, os tradicionais problemas de mobilidade podem até aumentar – dependendo da frota adicional em circulação. Duas medidas são positivas, com certeza vão ser aperfeiçoadas no futuro, mas devem ter impacto pouco significativo nos entraves do trânsito: o início das rotas turísticas com catamarãs e a restrição de veículos pesados na movimentada SC-401.
Florianópolis também começa mais uma temporada sem conseguir viabilizar os cruzeiros, que ainda dependem de uma estrutura adequada para receber os transatlânticos, e com problemas no rio do Brás, no Norte da Ilha de SC, que expõe o descaso do poder público em relação a um grave problema de meio ambiente num dos pontos mais procurados pelos visitantes argentinos.