O sucesso da pobreza: ‘Round 6’ garante 1° posição no streaming retratando miséria Coreana d6ox
Série que estreou em setembro, "Round 6", ou "Squid Game", é a produção mais assistida da Netflix em todo o mundo; mas para isso, o seriado precisa tocar na ferida de sua população 2g5h35
Série que estreou recentemente na Netflix, “Round 6” é um fenômeno em todo o mundo. Ficando com a primeira colocação entre as 10 produções mais assistidas da plataforma na última semana, o seriado – que originalmente chama-se “Squid Game” (ou Jogo da Lula) – pode ser considerado como um sucesso e uma derrocada para a população sul-coreana.
Round 6 é novo fenômeno da empresa de streaming mundial Netflix – Foto: Netflix/Divulgação/ND
Esses pontos contraditórios devem-se exclusivamente às narrações de “Round 6”. Basicamente, a trama conta a história de diversas pessoas que estão com dívidas mais caras do que propriamente recebem em seus trabalhos, e são convidadas para jogo onde vale tudo ou nada.
Isso porque, ao aceitar participar, você entrega sua vida nas mãos dos mercenários que controlam as brincadeiras. No final, se sobreviverem, os jogadores podem sair com uma quantia exorbitante de dinheiro no bolso, que nunca acumulariam em seus empregos.
Mesmo com a história altamente criativa, a realidade não foge longe das telas. Na Coreia do Sul, os problemas financeiros são uma problemática comum dentro de boa parte da população do país. Diferente da indústria cinematográfica, os sul-coreanos não têm orgulho disso.
Esse fato pode ser assemelhado também com o Oscar 2020, quando o país asiático levou o prêmio principal da noite, de “Melhor Filme”, por Parasita. O longa também foca nas desigualdades sociais dentro do país, mostrando a dualidade existente nas diferentes classes sociais coreanas.
Dessa forma, o “primeiro lugar”, tanto no streaming quanto na premiação cinematográfica mais importante do mundo, vem com altos custos para a população sul-coreana, ao exibirem como de fato a população local, em suma, sobrevive para viver.