Quando alguém diz: “fulana de tal é emocionada”, o que vem à sua cabeça? Muitos pensam em pessoas que se comovem com facilidade em certas situações. No entanto, as últimas gerações de solteiros “adaptaram” a palavra para intitular pessoas que demonstram sem amarras o quanto estão envolvidas com alguém, que são leais aos sentimentos e agem de forma afetuosa mesmo sem que haja um relacionamento rotulado ou estabelecido.
Há também quem defina uma pessoa emocionada como aquela que sofre, e que faz tudo pela pessoa objeto de desejo e afeto, mas não recebe o mesmo retorno e continua ali, tentando.

O psicanalista Leonardo Moraes aponta que pessoas emocionadas são intensas, se jogam no que acreditam e não escondem suas emoções. A estudante de Odontologia Cecília Macedo, de 25 anos, diz se enquadrar nesta descrição. Ela conta que conheceu um rapaz em um almoço de família e logo viraram amigos.
“Quanto mais a gente se aproximava, mais eu ficava apaixonada. Ele tinha qualidades que eu nunca havia visto em ninguém. Até que um dia, quando estávamos mais ou menos há um mês conversando, ele me lançou a proposta de termos uma ‘amizade colorida’. Eu me joguei de cabeça”, lembra Cecília.
Amizade colorida virou amor, mas acabou 641e53
Segundo Cecília, muitos amigos julgaram sua decisão de manter o relacionamento não assumido de maneira tão afetuosa. “Me chamavam de emocionada porque em pouco tempo a gente já se declarava, postava stories de casal, andava de mãos dadas e viajava juntos”, diz ela. Até a máxima ‘trate seu ficante como ficante’ lhe foi aconselhada. “Você ainda vai sofrer com isso”, eles diziam.
Cecília explica que não ligava para essas falas, até ver o romance acabar em menos de um mês. “Me afastar dele foi muito doloroso. Eu o amei muito rápido e até hoje não conseguir tirá-lo da minha cabeça completamente”, falou.
Para a psicanalista Cris Pereira, o fato de ela ter se apegado tão facilmente somada à dificuldade de deixar de sentir sentimento por ele pode ter relação com três questões: dependência emocional, carência e química. Ela salienta que há pessoas naturalmente intensas, que se apaixonam e esquecem a paixão de maneira fugaz.
Cecília refletiu sobre os conselhos dos amigos: “será que se eu tivesse agido de outro jeito eu teria sofrido menos com o fim"});// Remover os listeners após a execução document.removeEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);}document.addEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);});